II CONGRESSO DE EDUCACIÓN AMBIENTAL DOS PAÍSES LUSÓFONOS
Conferencias finais – 11/913
M. Simons: auditório do centro cultural da UFMT |
Relação de pontos mais
significativos registrados por Monica Simons ( CEAG - Centro de Educação
Ambiental de Guarulhos, São Paulo , Brasil / Secretaria Municipal da Prefeitura
de Guarulhos/ Rede Planetária do Tratado de EA – Rede PlanTEA) –
ceag@terra.com.br
1ª Mesa
da Manhã
Obra de Imara
Quadros em parceria com comunidades quilombolas = produção das bonecas – junção
de saberes “descolonizantes”, a partir de uma talha de madeira de cultura
africana foram feitas as boneca Caboverdeanas. As flores que as enfeitam foram
feitas por mulheres quilombolas do Quilombo Mata Cavalos – Mato Grosso.
Esta ideia de
ambientação para o cenário do congresso
teve também a sua base ou estimulo
no livro “Alice no Pais da Sustentabilidade” Michele Sato.
M. Simons: escultura de jornais de Imara Quadros e estudantes IFMT |
Aidil Borges
Fazendo uma retrospectiva:
·
É necessário plantar para colher mais tarde,
pensando nos desafios de um novo congresso, podendo fazê-lo com base nos pontos dados por Michele e Joaquim, no instrumento
de base para ver ate onde vamos avançar. E com certeza Arte e Cultura são um
caminho muito importante!
·
Temos que analisar quais os desafios e o que
queremos construir, tendo uma língua em comum mas com outras centenas, nas comunidades
dos países de língua portuguesa, na diversidade e ao mesmo tempo na Individualidade
de Estados membro.
·
Em 2005 foi dada a primeira iniciativa de EA na
rede Lusófona ( Joaquim e Michele) com a consolidação da Rede Luso, que hoje inclui países como Angola,
Guine Bissau, etc.
·
Em 2006 volta-se a discutir esta Rede e suas
possíveis ações ou desdobramentos no Simpósio realizado no escopo do V
Congresso Ibero-americano em Joinville, Santa Catarina , no Brasil, onde se reforça a existência de uma Identidade
lusófona na área da EA com uma linguagem em comum e constituindo um campo de
ação significativo.
·
2007 se realiza o 1ºCongresso Lusófono de EA, em
Santiago de Compostela, Galícia, onde este movimento se sedimenta indo mais além.
·
Até o presente momento não houve condições de realizá-lo
nos países angolanos... a expectativa e que a partir deste congresso possamos
criar condições para uma presença mais forte dos países lusófonos de África.
Quanto a pontos de reflexão sobre
a Educação Ambiental:
·
Estamos sempre frente a diversidade e ao desafio
que implica estabelecer relações numa
enorme riqueza de línguas, religiões e costumes, no maior deserto quente do mundo, ou
seja a busca de uma construção de identidades nos mosaicos dos países lusófonos;
·
Precisamos conhecer qual o pulsar de cada país
que traz seu conhecimento e as boas práticas. O Brasil tem sido o reprodutor de
idéias que podemos levar para as nossas realidades.
·
O que vale é esta vontade e a NEREA esta sempre
presente e ligada a Rede Lusófona, como espaço de todos para tirar o máximo
proveito destas potencialidades.
·
Em cada uma das instancias do histórico foram
criadas nova linhas de ação e se não se avançou o tanto que se desejava se abriram
muitas portas.
·
A criação da Rede Planetária do Tratado, Rede PlanTEA
é um novo produto. Estivemos no encontro em Marrakesh onde ficou evidente a
necessidade de ir além e trabalhar os
conteúdos e princípios do Tratado nos currículos novos nas escolas.
·
Acredito que este 2ºCongresso vai marcar a
diferença para conseguir aprender a voar e chegar mais longe e o conceito de “Escolas
sustentáveis”( Michele Sato, Rachel Trajber, Teresa Moreira) , pode ser algo que seja uma referencia para
sedimentar e amadurecer.
M. Simons: Aidil Borges |
Resumindo:
·
Sabemos que a legislação e Constituição não é igual em todos os
países, assim como que a EA ainda não é política publica ou prioridade em
muitos países. Isto tem que acontecer, as leis dão suporte legal para ajudar a
reivindicar.
·
Precisamos começar a nivelar ou a criar um
patamar comum a través da construção de uma cartografia para definir a
identidade do que se faz em EA em nosso países, mas primeiro precisamos nos
conhecer para saber que tipo de proposta e caminho é necessário construir. Se
não nos conhecemos não temos como caminhar, assim é vital realizarmos o mapeamento
ou cartografia das nossas realidade.
·
Precisamos também construir um programa próprio.
Sabemos que já existem também espaços com programas em conjunto não por
voluntariedade mas por uma questão emergencial, de falas em francês que entram numa
educação conceito com sua identidade típica- fechada, de territórios próprios ,
mas se analisamos o atlântico de norte ao sul, encontramos territórios de pequenez
geográfica, mas de populações que tem um enorme peso culturalmente , enquanto
um campo que a Michele não dispensa. A cultura nos diz tudo e estamos unidos
nesta área de influência. Arte é palavra chave e que poderá ajudar a sedimentar
todas estas ideias que queremos implantar.
M.Simons: Michelle, Zé Vicente & Rachel |
Rachel Trajber
·
Temos limites e potencialidades, territórios
muito dispersos , mas há a mesma vontade de fazer um mundo diferente.
·
O que nos distingue de outros processos de EA ,
da educação para o desenvolvimento Sustentável
é que somos críticos , mas somos
capazes de gerar alternativas com um olhar lusófono o que nos fortalece muito
perante outros grupos.
·
Temos também o Tratado e a Rede PlanTEA com esta
forma lusófona que nos une e nos faz ver o mundo com um olhar critico e com
capacidade de propor alternativas a pesar de ser a língua dos colonizadores,
agora trata-se de um outro tipo de colonização e de “descolonização” que é o
que estamos propondo... nos fazendo estar juntos. Nossa língua é a nossa pátria.
Conforme a música de Caetano Veloso:
“No quero pátria , quero fratria”, ...
Nos queremos“soratria” (soros
– irmãos)
Temos que inventar novas palavras
...
Tornando esta frase, uma meta
para nós.
·
Todos nosso países estão enfrentando a dura realidade
de ter que descolonizar mentes... existe um “capitalcentrismo” que se coloca de
uma forma tão inexorável nas nossas vidas cotidianas que a gente nem percebe a
presença que é quase como uma única visão
de mundo possível, como um fim da história que termina num
capitalismo mesmo que “melhoradinho”... é frente a isto que temos que ser
críticos e deixar de reduzir as sociedades humanas a um único panorama de modos
de vida, formas de visão de mundo que é como se o consumo fosse a única forma, e
as desigualdades sociais fossem dadas, como resultado inevitável.
·
Nestes nove objetivos do DS , das Metas do
Milênio que substitui a Rio+20, erradicar a miséria não pode estar alienado de encarar as desigualdades.
Isso sim seria trabalhar na direção da sustentabilidade.
·
Mas as coisas mudam de uma forma tal que continuam
iguais, com uma visão colonizadora do capital como centro de tudo.
·
As outras possibilidades são sempre consideradas
como alternativas, não é o nosso mundo que precisa mudar para se tornar
sustentável, sabemos disso, mas o conhecimento que não é produzido de forma
neutra, ele tem que estar situado neste
enfrentamento não para construir outro
mundo , mas tornar este mundo sustentável.
·
Este capital que gera desigualdades que é transnacional,
não funciona de igual forma para o trabalho e ele é controlado, pautado na mais
valia e no como algo transformador da pessoa e da realidade ,como algo criativo.
·
Nada é pensado desta forma, é sempre pensado como mais valia, tendo como base a
capacidade de consumir... quem não consome no é considerado como cidadão.
·
Compreender o modelo da sociedade que carrega
valores fragmentários, reducionistas, individualistas, competitivos,
concentrador de riquezas, expoliatório e que se volta para a degradação da
vida, ambiental e dos valores.
·
Com a gente constrói por dentro. Não é outro
mundo, é este, este modelo hegemônico é antagônico as bases de sustentação da
vida. Vamos destruir não o planeta mas a biosfera de que dependemos.
·
Eles não estão pensando de forma ampla na complexidade
e no coletivo sinergia sinérgica de que recicla e se recicla.
·
Não há novas águas....são estas águas ...
compradas por Coca-Cola , todas as águas do mundo . Nos países do norte será só,
nesta água, frente as mudanças do clima. E nos países do sul estamos poluindo
muito esta água.
·
Estas grandes empresas ( EXPULSOS DA FRANÇA E
INDIA) desmineralizam a água, vendem e estão poluindo-a.
·
Água é um direito nosso sem precisar pagar para
Coca- Cola ou Nestlé... cuidado. Precisamos construir esta nova vida na
dialogizidade entre cooperação – solidariedade X competição.
·
Isto como base, de que nós, nesta sociedade em
que vivemos, não sabemos lidar com o intangível e com o longo prazo... como diz
o Tratado, somos todos aprendizes de
sustentabilidade , então com base na EA, todos nossos trabalhos estão sempre voltados para o “ vamos cuidar”...
de todos os processos e neste estado da arte, cuidar das pessoas, da água, da
natureza ou das bases de sustentação da vida
e isso tem a ver com justiça ambiental.
·
Na conferência que participei e olhava para os
quilombolas na Bahia, contaram que o governo tinha que decidir para onde a água
ia (na zona rural perto de ilhéus, tinham duas comunidades), não foi para os
quilombolas mas para os demais, ou seja as injustiças ambientais tem a ver com
as pessoas e não com a natureza.
·
Atualmente a EA aponta para a necessidade de proteger
estas mesmas comunidades com relação as mudanças que estão acontecendo. Causas
antropogênicas das mudanças climáticas.
·
Estamos vendo que esta acontecendo e tem uma
visão gerencial....somos todos co-responsáveis pelo consumo dos recursos e pala
destruição da naturezas e de sermos afetados pela contaminação.
·
Perante esta máxima genérica, a justiça das
mudanças climáticas – justiça climática, precisamos estar o mais próximo da EA nas políticas para as mudanças climáticas. Nos discursos da
justiça climática no contexto brasileiro, tem como resultado que os menos
responsáveis pelas emissões serão os mais afetados.
·
O discurso da justiça climática ainda não foi
incorporado... são as populações mais carentes as mais vulneráveis ( enchente, falta de água, secas prolongadas,
quantidades e preços dos alimentos, sementes inexistente, etc). Não podemos
tratá-las da mesma forma que aos demais, tem mais direitos de serem protegidas
pela educação que as outras, se
pensarmos em termos de justiça climática.
·
Se quisermos outro mundo neste mundo, precisamos
pensar mais em justiça climática na relação com eles. Timor leste é lusófono,
pacifico sul, ilhas... etc. não é com grandes investimentos de dessalinização
da água do mar, mas sim com captação de águas de chuva e outras tecnologias que
tem que ser distribuídas na população e não concentradas em capitais
específicos.
·
Socializar Soluções sustentáveis X Engenharias
restritas a grupos de interesse. Isto nos leva a concepção de Escolas Sustentáveis. Aquelas onde exista Eco-eficiência
energética , hídrica, da alimentação etc., tendo como base a questão da
sustentabilidade e não grandes mudanças como a de construir hidrelétricas fora
do município.
·
A partir das descolas sustentáveis, conseguimos
construir um outro olhar do mundo numa outra percepção das bases de sustentação
da vida com o ar, água , alimentação , como coisas básicas de sustentação da
vida.
·
Considerar estas questões podem aumentar as
chances de qualidade de vida, tendo este
discursos e práticas a sua construção desde suas bases.
·
Concluo minha fala com uma citação de um livro
que acabei de ganhar, de Manoela de Barros: “ para encontrar o azul eu sou
pássaro” , eu completo com : Usemos pássaros para fazer a descolonização
das mentes”.
M Simons: Michèle & Zé Vicente |
Jose Vicente – Ministério
de Educação
- Temos o desafio de como envolver mais as
comunidades , que estas comunidades possam estar aqui , fazer propostas, não
para elas, mas com elas.
- Nos processos da 4ª edição da Conferencia Nacional
Infanto Juvenil , chegamos a uma média histórica de 15 mil escolas que já
realizaram conferencia! , e nesta edição são 20.000 escolas participando deste
processos.
- Temos um Programa , chamado PDDE – Programa Dinheiro
Direto na Escola, com 100 milhões
de reais para que as Escolas possam animar a EA e que possamos construir a
partir de processos de gestão pública.
- Quanto a EA no contexto dos países lusófonos, quero
fazer uma provocação, que assim como atuamos em Angola numa ação
bilateral, no Programa Nacional de EA em Angola, que possamos pensar a EA
no contexto dos países lusófonas não somente na perspectiva de uma identidade
comum que nos une, mas questionar o que nos anima a empoderar o processo
da EA no contexto dos países lusófonos.
- Há um olhar histórico para o campo da EA e o que
ela tem produzido nos últimos 20 anos! Temos um grade documento que é o
Tratado. Ali estão as ideias,
valores e princípios fundamentais de uma EA que fazemos dentro e
fora do governo e que marcam muito a nossa ação, mas ao mesmo tempo, se
pensarmos nos grandes eventos que nos agregam, a pergunta é : o que vem de
novo para nos animar e orientar? Se olharmos a partir do que aconteceu na Rio+20
ou o teor dos documentos, O Futuro que Queremos e o que tem de EA neste documento oficial,
poderemos constatar que não tem NADA de perspectiva ou novo horizonte,
assim como também não no da Cúpula dos Povos.
- Então o que sobra como provocação para gente pensar?...
De onde podemos tirar a novidade ou um elemento que possa nos inspirar a
ir adiante e que possa nos ajudar nesta outra forma de ser e de estar no
mundo? Justamente, tenho pensado muito que o que pode ampliar , animar e
consolidar o campo da EA são 4 pontos fundamentais:
1)
Renovação: está numa busca de aproximação em
relação a discussão que se faz no campo mais genérico dos direitos humanos. Esta
perspectiva se fortalece quando, por um arranjo institucional, a EA começa a
pertencer a uma Secretaria com temas tão difusos quanto complexos como aos que
trata a SECADI. Interessante, porque quando
passamos por este rearranjo começamos a
perceber os temas que trata: alfabetização de jovens e adultos, diversidade,
direitos humanos , inclusão, etc. Como a EA se arranja neste contexto temático
tão diverso? Neste contexto há uma possibilidade de agenda comum nestes temas ,
através da EA, com a promoção de novos
valores que justamente é a proposta dos Direitos Humanos. Assim a possibilidade
da EA se renovar nesta aproximação e de gerar um discurso e prática que possa ter
força de ser abrigada pela sociedade. Pensar EA no contexto dos países
lusófonos tem a ver com resgatarmos e nos aproximarmos dos Direitos Humanos.
2)
Bandeira Identitária, (historicamente levantada
pela Michele), refletir sobre o que queremos propor como grande força
identitária nos países lusófonos , tem que ser cravado no campo da “arte”. Se falamos
de nova forma de ser e estar no mundo, o novo processo civilizatório tem a ver
com a capacidade de invenção e criação então podemos nos inspirar nas
referencias que a arte nos oferece, porque antes de uma obra de arte surgir ela
é pensada... a arte nos da a possibilidade de renovar métodos, formas, discursos, etc. A arte deve ser um
elemento inspirador tem que ter um forte componente identitário que nos una e o
novo que vem da nossa capacidade de invenção.
3)
Papel da Tecnologia: É necessário pensarmos no
papel que pode e deve ter a tecnologia neste campo e porque vou resgatar. (
Hebert Marcuse - Eros e Civilização – 1968 - http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAUU0AD/resumo-eros-civilizacao)
– Questionar qual deve ser o papel da tecnologia ,neste outro mundo que
queremos criar... A tecnologia tem que nos substituir no trabalho para ter mais
tempo livre para o encontro, porque é no encontro que alimentamos o espírito e
a alma, é no encontro que fazemos valer o sentido pleno da vida. A tecnologia
tem que ter este papel, para nos encontrarmos. Então esta EA que tem um vínculo
identitário como se encontra neste questionamento? Para uma nova cultura temos que pensar nestes
pontos de confluência.
4)
Diálogos com outras vertentes: como fortalecemos
esta identidade no contexto dos países lusófonos sem desconsiderar os outro que
esta ai, como incluir por exemplo a Cuba. Como não nos fecharmos no lusófono sem
que tenhamos diálogos com outras vertentes.
·
Trazer esta experiência do campo da Política Publica,
nesta ação que estamos tentando consolidar, o que estamos tentando construir só
faz sentido na interação da sociedade, como seria o caso do Projeto de Escolas
Sustentáveis. Onde engatamos para abraçar com todas as formas de ação. Dar uma olhada
no passado para ver o que a COEA , tinha construído como cultura para amarrar
todas as iniciativas, como proposta de política pública permanente, articulada,
como Política de Estado.
·
Programas como TVEscola, Salto para o Futuro, Espaços
Educadores Sustentáveis – Buscando uma definição entre especialistas, quem me tocou mais foi uma menina do RJ do
SESC Jacarepaguá que ao ser perguntada
Sobre o “que é
escola sustentável”?, ela respondeu : “ah, é gente voltar acreditar que a
partir da escola a gente pode transformar o mundo”.
·
Toda e experiência construída, passava por
espaços e estruturas sustentáveis, e a partir dali tinha um conceito que passa
pela lei do MMA de animar processos de EA em todos os níveis e modalidades
de ensino desde o infantil até o ensino superior.
·
Temos 54,5 milhões de alunos e 2 milhões de
professores e 195 mil escolas. A questão não somente ter disponibilidade de
dinheiro, mas é necessária uma estratégia para animar e conquistar o outro!
·
Poder de colar para o ensino básico e para o
superior de ensino, começarmos a desenhar
esta propostas. Percebemos que não só tínhamos um conceito permanente,
articulado, continuados para o sistema de ensino, mas tínhamos o movimento
inverso também acontecendo, ou seja territórios com experiências já concretas e
virtuosas, indo muito além do campo teórico.
·
A Escola Vila Esperança... já vive a ideia de
escola sustentável, com um projeto forte de valorizar o que tem mais passos, começando pelo tema da diversidade. Temos
também a experiência de Itajaí em Santa Catarina – Joinville. Não só era uma
indução, mas a proposta estava no território, já haviam movimentos em diversos
países na mesma direção : Escola do Bom Viver.... da Cultura Indígena, temos o
desafio de pensar numa proposta mais
regional.
·
Espaços Educadores sustentáveis que é capaz de
dar sentido a uma proposta com uma forte identidade de língua, cultura,
direitos humanos, tecnologia e direitos humanos, que nos permita construir
escolas sustentáveis para mudar o mundo.
Michele Jaber - UFMT
Calos Drummond de Andrade –
Poema: A Flor e a Náusea (http://blogdoporto.com.br/2013/05/a-flor-e-a-nausea-carlos-drummond-de-andrade/)
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
A EA no é tão bela quanto gostaríamos,
nem é tão forte quanto deveria ...
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DEBATE
- Aproximação de EA com direitos humanos tem tudo a
ver, mas como se faz esta aproximação? Na consulta pública , como
aproximar os componentes curriculares.
- Jaqueline: já há muitas ações que estão
dando certo : Rede de EA da primeira infância, no VI Fórum em 2009 e RECEA-
Rede Capixaba - grupo dinamizador
no RJ, elaboração de materiais da REASUL. Captação de recursos para elaborar
materiais pedagógicos para a primeira infância.
____________________
- Suzana Itajaí, Santa Catarina: Que alegria saber do numero descolas com a conferencias,
mas os numero no estariam atrelados
ao fato de ter sido divulgado que a participação estava vinculada ao
acesso ao PDEE? O que chegou a escola é que, quem não participa da conferência
no tem acesso ao $$$$. Como
processo, sem tempo suficiente para
termos protagonismo juvenil.. Ou seja há uma contraponto entre $$$$
relacionado a conferência X garantia de qualidade do produto esperado.
______________________
- Como nos aproximar das outras áreas de
conhecimento, precisamos sair da borda e ir para o centro, a cultura de
borda precisa ser cultura hegemônica. Na
África não se consegue ver desenvolvimento sem olhar o todo
indígena. Boff aponta que se chegou
aqui e não se deu trabalho nem de entender o sentido da linguagem local,
por exemplo a Hidrelétrica ITAOCA – significado: “pedra podre”, a mesma
forma com o aeroporto de Cumbica – significa “terra da nevoa”... nada
ideal para um aeroporto...
- Segundo Vitor Hugo: “não existe ideia mais forte
do que aquela em que o tempo chegou”! A flor está nascendo, não se vê,
mas está lá! Precisamos fazer uma autocrítica, já estamos há tanto tempo
com este compromisso, com relação a África... Como temos que aprender a
sermos humildes... Temos a ilusão de separação, quando estes povos sabem
da unidade UBUNTU que permeia o modo de viver em comunidade de vários
povos neste continente (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ubuntu_(ideologia),
onde o que vale é o “somos, porque somos um” ... ou seja reconhecer
a unidade. Será que somos ambientalmente conscientes e os outros “tem” que
ser conscientizados, por nós? Para dialogar temos que nos despir de nossa
bagagem e construir com o outro outra coisa. Ser incerto da medo,
mas estamos no momento de soltarmos-nos de nossas certezas ou
incertezas e construir junto para
chegar num outro lugar, mesmo que
tenhamos medo de no saber o que é.
- Somos um o capitalista vendendo água... e outro de
mim.... sou eu... somos capazes de reconhecer isso....somos um, como lidar
com nossa complexidade interna! Somente aí conseguiremos trazer outras
PESSOAS!
- ...3% da população é forte para estar
aqui….reconhecendo o esforço de cada um , o compromisso de cada um… questionar
se temos somente este método e formato… Vamos nos divertir juntos, porque e assim que muda o mundo. Vamos
propor jogar com os 700 delegados, desafios divertidos, fazer algo
diferente e muito legal. Edgar
Gouveia Jr. Play The Call (http://www.pagina22.com.br/index.php/2012/02/a-terra-como-tabuleiro/ )
_________________
- Fátima
Almeida– ASPEA - Portugal
- Vinha com curiosidade e apetência... para conhecer mais de perto as
escolas sustentáveis. Concordamos numa EA pautada na documento da Carta da
Terra, também que a Tecnologia ...utopia do desenvolvimento, tem apenas
criado um enorme numero de desempregados... como conciliar isto com o
repensar do mundo... cuidado com a valorização da tecnologia quando ela
não é bem entendida.
_________________
- Direitos humanos muito antropocêntricos... temos
que dialogar com direitos humanos, no se inserir simplesmente , na 3ª
geração todas as formas de vida estariam incluídas, ( os transgênicos no
deveriam), tal vez seria necessário criar uma 4 geração. A Conferencia
sempre foi um pretexto pedagógico para que estes temas entrem nas escolas.
Mesmo com este vínculo de $$$ não perder a dimensão de que a Conferência
era a única forma de no perder o dialogo com a escola e levar estes temas
tão contemporâneos nas escolas, como discriminação, diversidade, etc, discutir
documentos como a Declaração de Durban
(http://www.comitepaz.org.br/durban_1.htm)
, etc. Ou seja, não como um evento mas como um processo pedagógico nas
escolas.
- Provocação de fazer com as comunidades uma EA que além
de ser crítica, seja construída não “para”, mas “com” as pessoas, numa definição mais
radical de participação que não é somente aparecer nas coisas, mas dividir
e partilhar o poder, criar e propiciar espaços de locução. Isto incumbe ao
Estado porque é onde acontecem diálogos , mas não num discurso que
silencie o outro, mas num diálogo
para encontrarmos juntos novos caminhos civilizatórios.
____________
- Mônica Simons – Guarulhos, SP – Prefeitura de
Guarulhos - Todas estas questões se conversam e interligam e
fica claro para todos e todas quanto a necessidade de um forte movimento
de sensibilização e mobilização , mas isto tem que passar a ser um
compromisso de ordem pessoal de cada um dos que estamos nesta sala tanto
na sua dinâmica de relacionamento pessoal quanto profissional. Quantos
somos os que estamos esta sala imbuídos deste novo movimento
transformador, comparado com as centenas de milhares de pessoas que “nem
sabem que existem, que dirá que tem direitos? Esta sensibilização com primeiro
objetivo da educação ambiental , para somente depois poder chegar ao
conhecimento, responsabilidade, competência e cidadania, precisa ser feito
com amorosidade. Este seria o 5º elemento que poderia se somar aos quatro
que o Zé tão bem apontou.
- Michele – GPEA/UFMT – Os Direitos Humanos
foram tema de abordagem no Fórum Estadual em MT, onde conseguimos mudar o
nome e o teor da discussão e concepção e nos relatórios, passou-se a falar
sobre Fórum Estadual de Direitos Humanos e da Terra, e os movimentos
conseguiram ver esta relação, que é uma luta só! Isso hoje já caminha
muito bem no fórum.
____________--
- José Vicente: A Rio+20 trouxe novo desafio...
um novo chavão, o das economias verdes o que nos remete a nos perguntarmos
se temos que a passar fazer EA para
economias verdes? Educação para DS? Precisamos um outro conceito ou
paradigma, como articular Direitos humanos e EA, o próprio direito a
educação, e mais sadio falar sobre Direitos Humanos. Inicialmente parecia
que havia um corte mas, hoje percebemos que é possível dialogar com outros
direitos, sim.
___________-
- Jacqueline... Falando desde a sociedade
civil, mesmo sabendo que no há como discutir isto neste momento, mas creio
que temos que deixar registrado que
sentimos que a IV Conferência de Meio Ambiente está diferente das
anteriores, por estarmos num momento político de deslegitimação! As Redes
em foram convidadas. É uma conjuntura política de recrudescimento de
autoritarismo e centralização.
- Os Professores reclamam que não atuam...houve um
sequestro das secretarias numa política do atual governo de deslegitimação
das falas da sociedade civil, fragilização dos conselhos, este é o pano de
fundo da atual cultura política nacional.
- Isto nos remete a esta questão do construir “com”,
a como ouvir e inserir as demandas dos movimentos sociais e ambientais.
____________
- Zé Vicente – Os Movimentos precisam ter a oportunidade
de dizer sem medo de ser feliz... boa parte destas manifestações são fruto
de um recuo significativo frente a CF de 88. As ultimas duas gestões buscou
fazer valer o controle e
participação social, mas pouca gente sabe que poderia dar uma dimensão
diferente do que veio antes.
- Há um recuo na articulação dos conselhos, os fóruns
encolhem, os recursos encolhem. Nós, enquanto sociedade civil temos que
voltar a cobrar a recuperação destes espaços. No Ministério de Educação estamos
fazendo esforço para que estes programas se desenvolvam. Tem que ter a
capacidade de ser acolhidos pelo “chão” da escola.
- Programa de
EA do ministério é um programa construído com milhares de escolas e é
necessário que sejam dadas condições para que se tenham sistemas de ensino
com políticas municipais de EA, para que seja pactuado com todas as instancias
de governo, para deixar um legado. As vezes por questões estratégicas se
recua um pouco sim, mas para avançar mais ainda.
- Conseguir 100 milhões de reais para as escolas não
foi fácil, mas se conseguirmos fazer algo concreto, isto pode servir como
argumento, apostar no programa e solicitar mais recursos.
- Precisamos agradecer muito e a Michele.
- Estamos frente a este novo desafio das “Economias Verdes”
... pensar neste trocadilho:
conforme a ação das pessoas do hemisfério norte “o sol nasce para todos,
mas a sombra é para poucos”. O Tratado com seus princípios aponta a como
levar a sombra para todos, com este chapéu de trocas de partilhas. Este é
o nosso maior desafio como fazer que a sombra seja para tod@s. Este momento , este espaço de
convivência é também um sopro de esperança para todos....
M. Simons: fórum da redeluso |
- Entendermos que estamos perante o “Dilema Tardio de
Platão”, entre o uno e o múltiplo ,
somos diversos... somos coloridos e nem sempre se consegue dialogar. Cada
um tem um campo de micro poder ( Foucault). Temos conflitos intensos então
e nem sempre é fácil enfrentá-los. O GPEA – Grupo de Pesquisas em Educação
Ambiental assume esta trajetória, frente a este caos. Instalar um grande
guarda chuva para fazer sobras para todos.
- Empoderar o II Congresso Lusófono ou fazer o I Encontro das Escolas Sustentáveis
foi uma decisão difícil. Para o MEC era mais fácil e até necessário fazer evento deles mas optou por querer empoderar
o lusófono. o MEC no se esquivou de ajudar, muito pelo contrário, foi um gesto
amoroso destinando os pouco recursos que tinha para este evento e ao cancelar o outro pondo a cara a tapa por
favorecer o Lusófono.
- Podemos escrever um manifesto que o 2º Congresso Lusófono
de EA, também apoia e que o Programa
Escolas Sustentáveis tem que acontecer como prioridade e sem cortes
bruscos de dinheiro , sob risco de comprometer toda a política pública do Brasil.
- Na Rio+20, 50.000 pessoas se recusaram a assinar o
documento da ONU, a questão ambiental esta enfraquecida no somente aqui
mas no mundo inteiro, se no gritarmos e no fizermos o controle social
participativo, deixaremos de demarcar
o território. Precisamos fazer o manifesto e fortalecer a EA em todos os
níveis.
- Gratidão para o GPEA.
________________________
- Zé Vicente - Com dificuldades, mas o evento
aconteceu. Precisamos amarrar o Programa de Escolas Sustentáveis, a um Decreto
para no estar sujeito a boa vontade de quem estiver no poder do governo.
- Precisamos apoio e manifestação de toda a sociedade
para este Programa. Deixar em claro
que esta proposta esta sendo referendada pela própria sociedade. Precisamos
ouvir todos.
- Síntese do que fundamenta a nossa proposta para
poder dialogar e ir qualificando esta ideia geral:
a) não
estamos inventando nada novo, só podemos dar uma olhada para toda a história
para encontrar algum elemento a partir do que poderíamos instituir uma ação de
política publica: que alcançasse todo o território e todos os atores envolvidos
, todos os níveis e modalidades de ensino; que esta ideia não se constitua como
ação pontual ou política “deste governo”, mas fazer amarração para que a política seja
de Estado ou seja para todos e que esta ideia ou conceito pudesse nos
permitir também conversar com o ensino formal mas também com outros âmbitos de
governo, por fazer conjunto de políticas
públicas que como proposta basilar propõe que o conteúdo este na matriz
curricular das escolas. Por exemplo: política nacional de resíduos sólidos, a
de defesa civil, etc., ou seja ter um programa capaz de dialogar com estas
questões na escola.
b) Precisamos
de um programa que possa existir a médio e longo prazo, enquanto conceito, eixo
estruturante, com linhas de ação e garantias de que este programa pudesse ser
executado nas escolas. Conquistamos a base legal através da PNEA Política Nacional
de EA (http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/lei9795.pdf)
e a partir de 2012, aprovação de Diretrizes Curriculares Nacionais para EA (http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/pdf/diretrizes.pdf)
, argumento legal que garante a concepção e execução de este programa. Daí veio
a concepção de juntar tudo isto numa proposta única: transformar o conceito de Escolas
Sustentáveis num programa e adotamos o conceito básico fundamental: Escola Sustentável
na ideia de que é aquela escola que no seu fazer pedagógico educativo cotidiano
se esforça na promoção da cultura da sustentabilidade e para nós este conceito
se materializa com o trabalho em 3 dimensões:
1.
pensar seus espaços físicos que acolham os indicadores
de sustentabilidade
2.
gestão sustentável, que busca garantir o diálogo coletivo
3.
pensar e repensa o currículo, na medida em que tenha um currículo que inclua
e acolha o debate sobre a sustentabilidade
- outra questão importante: o conceito geral e as
dimensões só fazem sentido se considerar as particularidades do lugar onde
o Programa esta inserido... trazer o lugar e a cultura e suas
particularidade .
- Este cenário conceitual básico, precisa de uma base
para execução: o que implica no compromisso de governo considerando:
a) Fluxos
de financiamento para que as escolas possa animar estes processo...PDDE é
temático e esta previsto a cada ano dobrar o recurso partindo de 100, mil 2013
e já garantido para 2014
b) Resgatar
o artigo 18 para financiamento publico
para EA , começando uma ação parlamentar junto com DEAA do MMA. Estas propostas já estão circulando na Câmara (
Sarney Filho e outros deputados).
c) O
programa só funcionará se conseguirmos articular as diferentes instancias de
governo o que implica em pactuações com
sistemas estaduais e municipais num diálogo apoiado por Secretaria de Articulação
institucional para não cortar o processo.
d) Ajudar
a dar concretude, como o exemplo da Univ. Federal de Ouro Preto ou a UFMTS , o
que garante o investimento na formação
continuada dos profissionais, multiplicando
no pais como um todo.
e) Este
é o cenário para qualificar e ampliar esta proposta e para validar esta
proposta junto a todos os atores.
2ª
Mesa da Manhã - ESCOLAS SUSTENTÁVEIS
Jaqueline – Precisamos
conhecer melhor esta realidade, saber o que esta sendo feito:
·
Diagnóstico: para termos uma discussão
aprofundada precisamos dele. Como sugestão fazer levantamentos de dados da
realidade. Esta proposta dialoga a todo instante com as COMVIDAS, com Agenda 21
na Escola, sendo necessários dados quali e quantitativos sobre o efeito das ComVidas,
No Rio de Janeiro temos Grêmios Ambientais instituídos nas escolas. É
necessário fazer um diagnóstico sobre eles.
·
Fazer articulação com as universidades, diagnósticos
com as redes. As redes teme estes dados.
·
REBEA a partir de 3 redes mapear o que esta acontecendo de Escolas Sustentáveis
no país. Hoje participam também ONGS e pequenas Empresas de Consultoria que são
contratadas por conta da necessidade das empresas cumprirem com RSC –
Responsabilidade Social Corporativa . No Paraná há uma Rede de Escolas sustentáveis. Há um portal da
Redes Sociais, na necessidade destas empresas incluir isto nos seus balanços
anuais. Levantar isto. que tipo de ação
é esta? Ações de licenciamento ambiental que tenham como desdobramento a formação
de escolas sustentáveis em mais de 30
municípios ( Empresa chinesa por conta de demandas ambientais)
·
Constituir Políticas Municipais de Escolas Sustentáveis...
fazer que os municípios elaborem suas próprias políticas. Que o Poder publico,
a pesar da conjuntura perversa, passe a dialogar mais com as redes para trazer
dados, e para fortalecer as políticas independendo de quem esteja no poder.
_________________
Guerra
- ( num sentido simbólico) Devemos Usar a caixa de
ferramentas, da geologia, da arqueologia para resgatar a história do que
aconteceu na EA....Antes da regulamentação da PNEA, edital para fortalecer as 5 redes
de EA , incluindo a REBEA.
- O Único programa de Pós Graduação em EA é o da Univale. Constitui-se a REASUL, nestas ondas de vai
e vem estamos na maré alta neste evento,
mas acho que nosso foco é o órgãos gestor, as universidades,
as redes e não outros.
- Em virtude das Diretrizes Curriculares Nacionais
agora e mandamento, tem que se tornar espaços educadores, mas precisamos divulgar
isto em todas as instancias. Deve haver vontade política da gestão das
escolas e ampla divulgação.
- O aspecto Epistemológico
não pode ser esquecido. Precisamos
contar com parceiros também no processo e não somente na execução, tendo a
humildade de reconhecermos que estarmos sempre amadurecendo e aprendendo,
assim como a coragem de se assumir na fragilidade e as dificuldades.
- Precisamos dar resposta do lusófono. Quanto mais
damos voz ao que aconteceu, mais transparência e mais força também
teremos.
- Não da para falar no programa sem falar na
legitimidade de quem faz acontecer na ponta, como é fazer a conferência lá
na escola, como fazer oficinas da
conferencia. Garantir de ter acesso não somente no fim mas também no meio
dos processos.
- Analisar o quanto a 4ª Conferência Infanto Juvenil e
vital até para avaliar este programa. Nas etapas posteriores a COE se
compromete a realizar as regionais com base nas bacias. Todas as etapas são
importantes para uma Política Pública. Mas é importante reconhecer que as etapas
da escola é vital , a alma do processo.
- A historia do recurso chegar junto é bom.... mas
ele gerou uma confusão de interesses uma vez que as escolas achavam que o
dinheiro vinha para fazer a conferência,
outras escolas.... querem saber se ao fazer a conferência da escola terá
garantia de verba daí para frente,
ou seja há ruídos na conferencia e na adesão a conferência pela esperança
do PDDE temático, quando nem dão conta do PDEE tradicional
- Isto não esta sendo colocado como critica.... temos
que entender estes tempos e o nível de compreensão de como os processos se
dão.
- SP hoje tem um prefeito que foi ministro de
Educação ( Marina e Haddad), e achávamos que SP ia ser referência para
fazer com comprometimento e não somente como compromisso. Que a rede
inteira receberia estas informações e nada disto aconteceu. Não houve
apoio. As brigas políticas partidárias continuam nos separando, precisamos
mais gente na luta política.
- Por que este incomodo com a EA? Porque ela abala os paradigmas e leva a repensar
o estado de estar no mundo, é por isso que o sistema não quer acolher e
fortalecer isto, porque é uma questão de transformação... somos aliados,
vem de encontro com nossos anseios.
_________________
- Os Coletivos Jovens estão fora da Conferencia. Não
há nenhum recurso para esta participação. Denunciar como o poder publico
esta contra o protagonismo, e não podemos esquecer que esta molecada vai sair da
escola, como difusor e fortalecedor
... cidadania ativa cair pela no participação do CJ
- Este texto precisa ser analisado e repensado,
pensar que queremos ser parte mesmo, com foco em direitos humanos....olhar
humano em detrimento do todo... como no cair nisto na organizador da
Cúpula dos povos, onde se teve uma divisão dos movimentos ambientalistas X
movimentos sociais ( CUT, Via campesina, etc....) Repensar como incluir a
terra em que vivemos e a terra planetária que somos para mais a frente não
cair na arapuca do ser humano sentindo-se centro de tudo.
_______________
Rachel,
- Relação da política, as redes podem ser muito
fortes na continuidade e permanência, na difusão, na polinização no é
somente semear sementes. A sociedade é uma base de sustentação que pode
alcançar as ideias.
- O Documento das Diretrizes curriculares serão letra
morta se no conseguirmos que as práticas reflitam e deem uma base
epistemológica para fortalecer nossas ações.
- Precisamos mesclar as diretrizes ao olhar da
sociedade civil como mantenedora de valores básicos que as vezes escapolem
no político.
- No próprio PDDE ter a ideia utópica do que é o
conceito de Escola Sustentáveis, mas conversando com Joaquim, percebe-se
que há um conceito de transição de escolas e universidades. Precisamos construir
documentos junto com a sociedade civil a partir do local. É muito importante
para que as escolas se vejam nesta transição e que possam construir as
escolas sustentáveis desde toda a
base, currículo, espaços, gestão.
- Junto com recursos, construir esta transição que
somente pode ser a partir do olhar das bases, junto com a sociedade civil.
- O segundo ponto, é construir os indicadores, no como
a sustentabilidade ajuda a melhorar a escola? Na escola e com a escola
contribui esta sustentabilidade... Encontrar
indicadores que sejam de transição desde o mais básico até chegar ao ponto
de sociedade sustentáveis.
- É uma grande ideia a de fazer um Fórum de Escolas Sustentáveis
convidando múltiplos olhares para construir esta transição e estes
indicadores, mas por outro lado, esta conversa fruto do cancelamento do
evento pode nos ajudar a melhorar esta proposta , com base me tudo que
discutimos o que poderá qualificar o futuro evento.
____________
- É necessário dar as condições básicas e a articulação
entre todas as instancias publicas.
- No nosso pais somente termos a lei não basta,
precisamos ver como chegar a todos
os níveis municipal, estadual e
federal. O abismo entre lei
e prática ainda é muito grande.
_______________
Zé Vicente
- Deveria vir da cultura o pedir licença e agradecer.
- O Exercício do acolher, a transparência, a coragem
de reconhecer, o sermos solidários, o de ter compaixão. É isto o que nos
diferencia.
- Estamos exercitando um aprender, uma leitura do
mundo no qual estamos trabalhando. Entendemos a conjuntura. Somos
solidários e faremos comentários construtivos para consolidar o processo.
Queremos sentar junto mesmo, até tendo acesso a reflexão, precisamos curso
de formação de professores. E de outros profissionais e pessoas da comunidade.
Exige que o que foi gestado seja compartilhado.
- Uma das propostas do encontro seria fazer dentro um
encontro de discussão sobre e nosso
limites com redes, e outras instituições, para participar neste
processo da construção da Política Nacional.
- Há um acúmulo de conhecimentos e de consensos que
no se consolidará se no trabalharmos mais nas redes. O MEC tem que se apropriar.
Não queremos somente pão, somos orgânicos. A discussão conceitual precisa
ser também feita com todos, solidários , comprometidos para expandir muito
este processo. Sonho que se sonha só e somente um sonho, sonho que sonha juntos é realidade.
- Fazer esta discussão dentro do espaço lusófono por
riquezas extraordinárias e semelhantes, pelo seu histórico de superação
conjunta. Precisamos buscar formas
de caminhada para fazê-la de forma
conjunta.
- PDDE ele criou um impacto positivo, mas como balcão
na forma que esta sendo pensado no dará resultados. Hoje temos Secretários
de Educação querendo fazer o curso somente porque quer ter o acesso ao
PDDE e as escolas que já estão fazendo algo no foram contempladas. As REDES
podem ser muito úteis até para detectar que escolas já estão fazendo algo
voltado a sustentabilidade.
- O documento precisa ser discutido com as escolas,
que a revisão do material e o processo formativo cumpra seu papel como
grão de areia na Política Nacional.
_______________
Sabrina – Rio Grade do Sul
- A participação dos Coletivos Jovens para preparação da Conferência é estratégico
neste processo, e no entanto não há quase nenhum apoio... ou seja no se
consegue acessar o recurso.
- As pessoas em volta se animam. O CJ junto está fazendo
as coisas e está acontecendo. A escola não se mobiliza, sendo que no Jovem educa Jovem, uma geração
aprende com a outra.
- Primeiro acerto, foi constituir as COMVIDAS ou Comissão de Meio Ambiente e
Qualidade de Vida na escola ... é ela que agiliza a conferência. Então a
escola que queira fazer a conferência tem que ter uma COMVIDA com condição
de participação.
- Agenda 21 escolar, municípios que construíram com a
gente indicadores de sustentabilidade na escola ( não foram contemplados,
com o PDDE!!!).
- Pensar escola sustentável, já estamos com
indicadores, temos propostas e definir as prioridades junto com a
comunidade. Nas COE há o enfraquecimento da participação e nas propostas e
não abrem a CJ para fazer as conferencias regionais.
- É necessário enxergar o CJ no espaço pensando também
numa participação que seja dentro dos princípios da conferência, mas a
Secretaria de Educação não abrem mão!
- Precisa também que seja repensada a proposta do CJ
na Universidade sustentável, ou seja instituir COMVIDAS entrando também dentro
da universidade.
- Mais importante do que acontece na escola é também pensar
nas Comissões Regionais, Oficinas descentralizadas ( já foram realizadas 21
oficinas preparatórias apresentando
a Metodologia do passo a passo da conferencia. Mesmo assim, percebemos
a necessidade de se ter a formação para o que sejam as Escolas Sustentáveis
/ bem como a do PDDE , Programa Dinheiro Direto na Escola Temático. Processos
formadores em Parceria.
____________________
Respostas
Tereza :
- Todo o processo de PDDE, tem sido uma corrida de
obstáculos, e se conseguimos alguma coisa até agora foi através da política
de “cunha” tentando abrir espaços.
- Hoje estamos num movimento de diálogo para entrar
na corrente sanguínea do MEC, uma vez que é o terceiro maior orçamento do
Governo.
- Lidar com o TCU – Tribunal de Contas da União... é
muito difícil, por lidarmos o tempo todo com Os TR - Termos de Referencias,
etc. Estamos o tempo todo como Dom
Quixotes com os Moinhos de Vento.
Não é fácil.
- Podemos entender este momento como o de um refluxo
(movimento da maré) mas é um avanço também por estarmos a falar com os técnicos para dentro.
- Diálogo com o Programa mais Educação, num ensino
meio inovador, estabelecendo redes de relacionamentos., etc. Trata-se de
um processo formativo de grande
potencia mas ainda tímido na abrangência.
- O maior esforço é para entrar no coração do sistema,
para trabalhar com intencionalidades que já existem no MEC , com gente que
ainda no aderiu. As Diretrizes de
EA e outras temáticas, como PDDE , Acessibilidade, Mais Educação... que
potencializam a ação das escolas. Estamos falando de Qualidade de Vida nas
escolas, onde tudo pode convergir e
confluir.
- Há muito mais recursos que pode ser mobilizados
dependendo de dialogar e mostrar a cara. Corremos riscos no entanto porque
pode ser entendido como ameaça. Há uma potencialidade se fazemos um discurso
único e numa mesma direção.
- Temos um trabalho grande e muitos setores no vem
isto com bons olhos! Este 2º Congresso é um momento muito importante, fazer
o melhor possível e executar na medida que pudermos para chegar ao final
do governo Dilma, pensando que as redes são Movimentos importantíssimos.
- Há muitas coisas inovadores acontecendo ( índios,
quilombolas, arte, ) etc...
- Temos o dever de trabalhar as Diretrizes Curriculares
para que quando os pacotes do governo caiam como pacotes de pára-quedas,
possamos manter firmemente a coerência de nossa argumentação, fruto da efervescência
que foi gerada nos últimos anos.
- Mais do que nunca precisamos ter inteligência
coletiva, para que isto chegue integralmente
na escola para ver como podemos “viver bem”... considerando a autonomia da
escola em decidir seu próprio caminho.
- Fazer este percurso pela porta que ela quiser, a EA
no pode ser prescritiva, dar elementos para que ela saiba como fazer este
processo.
- O PDDE, o INEP tem senso frio. O MEC não esta nos
territórios. Mexer com $$$ não é fácil... o recurso tem que ir para quem
já esta pensando com EA e já pensando em questão. Tem que se ler o PDDE das
escolas sustentáveis pra entender melhor o como destinar pós recursos.
- Os CJ estão considerados no PDDE , uma vez que agora
se pode pagar pessoa física, o que tal vez falte é o conhecimento profundo
do funcionamento deste recurso. MEC da condições mas a negociação é na
ponta e também é necessário contextualizar a condição do CJ que tem alguns
lugares em que são parceiros
_________________
Zé Vicente
- É necessário Planejar melhor frente a concomitância
entre confusão X decisão.
Diferenciar uma ação que mobiliza e a outra que financia Escoas Sustentáveis.
- Precisamos ampliar a formação continuada e investir
na inicial mas enfrentamos dois problemas e o fluxo... é complicado. A
demanda começa na escola e o MEC tem que negociar as vagas.
- Outro problema são as universidades : os recursos da
matriz orçamentária em 33 universidades para que a apresentem sua proposta
de formação continuada em 2013 somente 12 apresentaram propostas. Então o diálogo
é necessário se o $$$ vai para qualquer outra coisa como pagar luz e água
e não para formação continuada!!!!!!
- Há um edital de Extensão que tem uma linha específica
para educação socioambiental e são raríssimos os casos de universidades
que acessam este recurso em 2013
- São 75 milhões de subsidio para as linhas voltadas
para escola sustentável, formação
continuada ou extensão.
- No dialogo e conversas feitas com as SEDUCs em apoio
aos CJ já soltamos a carta atestando a competência do Coletivo Jovem,
criando mecanismos para o pagamentos do CJ, fortalecendo o protagonismo juvenil,
cabe agora ao CJ ocupar estes espaços.
- Acolher uma demanda histórica que é o Programa Nacional
de Juventude, cabe não somente ao CJ, mas as juventudes o dever de ocupar este
espaço e demandar recursos , não como favor mas como direito. REJUMA
- Estamos assumindo o compromisso de lutar para este
espaço específico sobre o desenho , eixos e estratégias do programa
sustentável ( organismos internacionais apoiadores ), na firme convicção de
aderir ao que esta acontecendo nos territórios e nas escolas para criar um
tecido único.
- Podem enviar criticas e sugestões para : ea@mec.gov.br
MESAS
DA TARDE
Araceli Serantes
- Redes..
o que queremos pescar? Dependendo do foco utilizaremos redes diferentes;
- Onde soltamos as redes? Se não houve camarão,
mesmo que lancemos as redes nada
pescaremos, temos que ser proprietários ( vínculos de pertencimento) para usa-las e cabe perguntar quem as
mantém?
- Onde
as levamos? Isto é decisão de
quem estiver na liderança? Para que as redes funcionem , quem vai liderar?
- Que
redes há em Latino-américa? Quem as promove, desde eventos nacionais ou
internacionais? São formadas por indivíduos e por coletivos: ONGs, ou o redes como
entidades públicas ou supranacionais. Há redes de um só país que coordenam
vários estados. Sob liderança do país
, ou instituição ou grupo de países.
- Há
redes com foco em escolas, de Pesquisas , ao redor de um programa, para
formação de pessoas com necessidades comuns.
- Redes
que nascem para coordenar-se como coletivos ou como ação frente a
determinado problema.
- Em Latino-américa
existe variedade de redes e uma muito importante é a de EA , que em algum momento poderia ser um sócio
com quem compartir experiências.
Uma experiência: nasce no
1º Congresso de EA dos países lusófono,
com uma EA para conservação de espaços naturais protegidos o que apontou para a necessidade
de formação de pessoas. Em geral os responsáveis se auto-formaram e tem problemas
para a gestão de seus espaços = o que
levou a consolidação de um Curso de Capacitação para gestores de Cabo Verde, Timor,
Moçambique com formação igual para ter um ponto em comum de começo e a
elaboração de um Manual para gestão de espaços naturais protegidos.
Um modelo: CENEAM – http://www.magrama.gob.es/es/ceneam/
14 grupos de trabalho em forma conjunta
com foco específico, de caráter anual. Funciona por ter objetivos e agendas a
cumprir anualmente com metas definidas, por isso funciona. Porque tem alguém que coordena,
uma estrutura, por ter periodicidade de encontros, por ter financiamento
inicial e por existirem livros e pesquisas.
Uma proposta: é possível
criar uma rede de equipamentos. Ha estratégias de EA em comunidades autónomas e
associações que trabalham em comunidades
autônomas com interlocutores. Para que exista uma rede lusófona de EA – é
necessário definir o foco. Quem pode participar:
individual, representando coletivos, ou entidades, sendo necessário definir
quem lidera, com que meios, se haverá uma sede sempre no mesmo lugar ou que
rodizie.
___________________
Fatima Almeida – ASPEA
- É
necessário Pensar quem é o pescador?
- Apresentamos
uma Proposta de trabalho com base num tema: nos rios e aguas potáveis,
como oportunidade de cobrar através de um projeto, enquanto uma proposta
como esboço para ser elaborada em conjunto.
- Este Projeto
é da Cataluña , na Espanha desde 1997: “Projeto Rius”
- É um
projeto de sucesso : de 2005 a 2012 = 150 Km
de rios adotados, 20mil pessoas, 600 professores e vários prêmios.
- Outros
exemplos: Projeto “Floresta para todos e todos pela Floresta”; Projeto
PROMORIVER.
- Na essência
o projeto prevê: adotar 500 metros de rio e que os grupos cuidem do estado
pelo menos 2 vezes ao ano desenvolvendo
atividades de conservação, observação de patrimônios.
- Precisamos nos descolonizar
mentalmente para sair de nossas próprias
prisões para darmos a contribuição, como na história do “Beija-flor que em
conjunto deixam de ser pequenos. Trabalhar com base em Projetos Conjuntos é
o segredo para chegar mais longe.
Guerra
- Os discursos homogeneizantes incomodam.
- Nos ouvimos com muita paixão o conceito do território...
quando todos estamos no mesmo território... além das comunidade lusófona,
das redes, todos somos ocupantes do mesmo território terra como fios do universo.
- A extinção é normal mas não na velocidade em que acontece
nos últimos anos. Por exemplo o Solo é exportado como comodities junto com a soja.
- Por outro lado nossa espécie também encontra-se em
situação de risco; Morin afirma que deveríamos modificar a classificação
de homo sapiens sapiens ( homem da razão) para o de homo sapiens demens (mas também da loucura), para além dos
discursos sobre bem e mal , sobre a sustentabilidade. Hoje há a banalização do conceito de
sustentabilidade ( Vale do Rio Doce, hoje é somente Vale porque o rio já era...).
- Nos perguntamos sobre a problemática em que estamos, o
que queremos, o que devemos, e sobre o que pode ser feito ( Mario Sergio Cortella), deve pautar a ética de nossa vida e
acrescentamos o que precisa ser feito ... pensando em quando as crianças
crescerem. Não, os jovens e as crianças
já estão preocupados com a herança maldita que lhes deixamos.
- Quando o professor se entende como educador ele deveria perguntar a favor de quem e
contra quem estamos educando.
- Devemos descolonizar nosso pensamento e
aumentar o nosso território, articular ações com outras redes
internacionais, rever os programas nacionais, as universidades em rede.
- Não passar adiante o pensamento linear
da EA, mas assumir a diversidade das pessoas, definir quais os nossos
compromissos desde o nossos locus de ação.
Jacqueline
- A partir das tenções da REBEA, temos um mapa da REBEA
hoje. A identidade ao longo do tempo, ela nasce a partir da adesão ao
Tratado. As Redes no Brasil,
formataram seus acordos de convivência.
- Na gestão anterior a da Patricia Mousinho....construímos a
não identidade , e em 2009 no VI Fórum construímos o que queríamos ser. A partir da Carta da Praia
Vermelha construímos o que nos somos e queremos ser ( caminho e eixos), luta pela justiça ambiental e social,
pela biodiversidade. Há um rol de
caminhos e eixos que agora estão claros para nós.
- Há uma Facilitação Nacional –como decisão de todas as
redes e cabe ao Colegiado Nacional – executar.
- A REBEA esta composta por 60 redes territoriais.
- A REBEA é uma rede de redes, e por tanto um processo muito rico, mas a uma complexidade muito grande para decisões.
- Há também as redes temáticas. Encontros da REBEA
especialmente no VII Fórum Brasileiro e na Cúpula dos Povos.
- Na construção da identidade da Rede... de que lado e
contra quem estamos ? Uma coisa somos: estar a fim da diversidade , mas outra
coisa e ter que aceitar o opressor...Entre o Fórum e Rio teríamos muito tempo.
Mas os movimentos da Autonomia dos povos, e da luta pela soberania dos povos, tirou o
foco da EA na Cúpula dos Povos e
por isso no entrou no documento oficial.
- Identidade politica quando construída tem que ser
abraçada por todos os enredados... na REBEA fracassamos quando a
identidade politica no foi abraçada por todos os enredados.
- A REBEA a partir de suas redes está influindo em
politicas publicas, Também temos enredados como pessoa física, como GT EA
do FBOMS.
- É vital a formação para o trabalho em rede, no caso do Brasil
temos somente democracia representativa faz muito pouco tempo... então isto
é vital para que seja pensado pela Rede de EA DOS PAÍSES Lusófonos.
- Qual é a história da Rede Lusófona? Para acolher os
novos membros ela deve ser revivida
e reatualizada sempre porque se não a memoria se perde e as memorias
construídas são deturpadas então é vital a análise da conjuntura porque se não podemos definir
ações que não darão certo.
_________________________
Patricia Mousinho
- Falar de redes sim, mas de fato pensando nas “descolonialidades”.
- O mergulho que fiz, embora superficial, me deu gosto de
quero mais... houve muita consonância com pontos que já vinha elencando e com uma fala,
relações interpessoais, eu e do outro sem que esse eu seja eu... preciso
conhecer e reconhecer quem sou eu...
- Nada mais adequado
que fazer este reconhecimento e refletir sobre que pontos temos que ter em
mente ao pensar nos propósitos e contornos desta Rede dos países Lusófonos
, como, para que e por que?. Se
ela será aberta ou fechada, para
isto ou para aquilo outro.
- Fatos bons ou ruins como a vida, temos hoje maturidade
como Redes para enxergar como ´é
que pode funcionar esta rede luso, que sentido ela faz... porque? Como?
Faz sentido só ou em grupo com todos juntos.
- Termos coragem frente a mania de perfeccionismo. Uma vez no Congresso do Pan Amazônico... ( Guerra e Gurreiro.
Patricia na guerra mas tentando
viver em paz) Michele se inspirou numa
frase de um verso de uma musica : Tulipa Ruiz (http://www.youtube.com/watch?v=dko6xk8HDxA&list=PLC32AB696187C799C)
, “Dá vontade de
fazer de novo outra vez na expectativa de que o inesquecível aconteça. Na
confiança de que o imprevisível permaneça .
- Há 7 anos que no
participo de nada... é tentar de novo... somos humanos e dessa forma que
precisamos nos colocar diante das situações, chega dos esquemas e dos mecanicismos...
estamos falando de relações entre pessoas , se no consigo me relacionar
minimamente com os outros como posso avançar? É necessário ter este cuidado, carinho , atenção, o
amor a próximo... mas é isso de coração, se no tenho esta atenção não
teremos capacidade de lidar e construir num coletivo em que estarão os
diferentes ( deixando de lado os opressores ou agressores), o outro ... ele é o “diverso”, mas algo de alguma
forma nos une... esta é a unidade que a Rede Lusófona precisa encontrar.
- Saber o que no se quer ser é vital para no passar a ser
o que no queremos ser.. então a construção da identidade no pode ter
pressa... o respeito, o saber cuidar é essencial. O respeito ao outro é
vital ...é de nossa natureza o embate ... não é fácil a nossa luta... Temos
consciência de que nossa luta não é fácil mas no podemos confundir que se
passe o limite da relação entre pessoas de uma assertividade e energia e
confundi-la com belicosidade e agressividade ....
- Outro ponto delicado de relação com o outro é a
comunicação... a existência das novas TICs promoveram um salto absurdo, o salto de novas redes...
de interessados em entrar.. listas de comunicação , mas isto tem outro lado
pela interpretação pessoal ... ler com seu olhar... e de acordo com as
circunstancias que ele esta vivendo neste momento.
- Abraçar o Guerra e a Guerreiro ...aguerridos é diferente
de agressivos. O papo entre nós, beleza, mas temos que aprender sobre a facilidade
com que o mal consegue se espalhar pela sociedade e dominar, então aí vem os guerreiros do bem como
contraponto. Cuidado, temos que estar muito atentos.
- As “descolonialidades” tem que trazer para discussão nas redes... Começa com o eu, estar presente em todos os eventos para
tentar ajudar na tessitura das redes.
- Há ainda uma distancia entre o Discurso e as Práticas de
sustentabilidade , esta é uma outra questão que temos que pensar na construção das redes.
- A diferenças de escala nos faz rever a simplicidade de forma
contundente e permite viver a experiência... Pelo lugar em que moro agora,
me pergunto o que significa isto na descolonialidade, num lugar
que ainda se comporta como colônia , que se assume como objeto de
uma aristocracia dona da cidade. La Patricia é como artista, fotografa,
aquela que trabalha na cultura... fazer o link... é pela cultura e pela
arte que se mexe com o sentimento com o coração... e esta cultura que
confere identidade e que precisa ser trabalhada. Esta é a pratica de EA...
- Historia de Dom Tomas
Balduino: agricultura familiar... não importam os rótulos, as
classificações... o que importa é quem eu sou e nesta relação com o outro
o que é que eu desejo... por mais clichê que seja se no amo ou conheço, como posso amar me relacionar bem com os
outros!? Abraçar e distribuir sorrisos!
Herman
- Sustentabilidade da Rede Lusófona: REMTEA e o Tratado. Cabe perguntar como
temos tratado o Tratado?.
- De fato, foi revisitado mas não atualizado,
otimizado...em fim trata-lo como se fosse um documento sempre atual. O
esforço de revisitar, foi um exercício importante na REMTEA, onde se tinha
uma discussão critica em função do modelo mas não sobre princípios
construídos por instituições e redes.
- Na experiência pela identidade e gênese da REMTEA, a
gente pegou o viés mais crítico e politizado do sentido de EA ou de um dos
sentidos da EA. Há varias formas de se fazer EA.
- A través da revisitação se acaba apropriando nas bases
com as pessoas com os quais trabalhamos , como nos estamos apropriando do documento e fazer com que este documento seja algo
vivo, enquanto um pacto politico
que oriente nossas práticas e sendo emancipatório buscar a transformação
social.
- Aqui em MT se há estimulado a solidariedade
valendo-se de estratégias democráticas ... Como estamos fazendo valer nosso processo? De que
forma os aspectos globais estão sendo tratados...”estamos fazendo opções e apostas” ( Chico Saenz de Pernambuco).
- Se deve facilitar a cooperação mutua , mas de forma a entrar
nos espaços dentro dos marcos legais para propiciar autonomia e
empoderamento?
- Uma das identidades ou características identitárias da
REMTEA é o fato de que ela , por ter um centro nervoso que consegue
agregar sensibilidade, militância e pesquisa, no campo acadêmico consegue
transitar de maneira tranquila nestas 3 dimensões, para tentar compreender
o que acontece nas sociedades que chamamos como sustentáveis.
- Entender Quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais,
indígenas etc., sociedades que compõem o MT. Como nesse cenário conseguimos
nos constituir como redes, que relação interpessoal estamos estabelecendo
no campo de afetividades, no campo da militância?
- Estabelecemos Diálogos de mais consistência e mais
politizados. Nestes diálogos valorizar o principio nº 11 do Tratado que valoriza
as diferentes formas de conhecimento. Para sua sustentabilidade política e
não somente financeira a Rede Lusófona deve refletir sobre isto.
- Quanto ao Plano de ação do Tratado, deve-se estimular a Leitura
critica do plano de ação. As Redes não são pessoas, mas sugestivos
coletivos, mesmo estando em cargos decisórios, conselhos etc., há o
compromisso ético de ocupar estes espaços como sujeitos coletivos. Implantação de
programas, PAECs, PRE (Debora Pedroti), compreendendo também, e enquanto
militantes superar a resistência com o poder público. Enxergar e lembrar que além do o aspecto técnico
no executivo, encontramos pessoas.
- Influencia , poder e pertinência da existência de sujeitos coletivos. As realidades
locais são o chão da ação. A REMTEA tem como identidade a identidade
fenomenologia então aposta no sujeito e na realidade local, entendendo os
fenômenos que as afetam.
- Conscientização para a transformação, sem estabelecer realidades homogêneas
planificadas e estáticas o que se contrapõe a habilidade de articulação. Metodologias,
e práticas de EA em todo campo.
- Teoria e prática nos diz que para a sustentabilidade de
uma rede precisamos pensar em processos comunicativos ou
comunicacionais A circulação e o
compartilhamento de conhecimentos seja de base teórica ou as informações é
vital para trabalhar no território em rede.
- E aí entra um outro ponto de comunidades, as realidades locais e circulação de
informação, nos especializarmos em realizar mapeamentos. Estas realidades dependem destes
mapeamentos para entender o que esta acontecendo nestes territórios.
- Assim o que tem no tópico 15 do plano de ação do Tratado,
no é simples no sentido midiático ( TV, Radio..) mas temos produzido
materiais pedagógicos que estimulem esta visão crítica, dando visibilidade
nas comunidades rurais, ribeirinhas, pantaneiras, etc.?
- O ultimo tópico do plano de
ação: entendimento de que nossa constituição da maioria das redes tem uma
cara ou identidade acadêmica, então precisamos conseguir fazer o transito
dialogando com as comunidades sociais , que são as que fortalece as redes.
- Este é um necessário processo de construção e desconstrução do zoneamento do protagonismo.
PLENÁRIA FINAL
Araceli
- Precisamos criar uma plataforma virtual onde possamos subir
informações sobre que Redes estão organizadas para manter um dialogo;
- Nesta plataforma podemos também subir experiências de Redes
que já existem e suas experiências, assim como definir do que estas Redes necessitam
, bem como ,compartir também os desafios que enfrentaram e como os
superaram.
____________
Fatima Almeida
- É necessário entender o que foi exposto como uma
proposta, agora temos que dar o passo seguinte e como um grupo de pessoas que queiram trabalhar
por um projeto. Outras experiências podem enriquecer o que foi proposto.
- O Tratado deve ir para além desta rede. Nos já o temos
desde 1992, somos membros de uma Fundação
internacional “Care Takers of the Environment”. Penso que dentro da ASPEA
é importante a ligação com os países para levar o Tratado para outras Redes
desenvolvidas. Divulgará o tratado aos países de língua inglesa
- Professores e alunos do ensino médio, de 14 a 17 anos,
que queiram participar no evento de
6 a 12 de Julho em Taiwan, no ano de 2015.
Guerra
- A Rede não são somente as universidades. Nosso papel também
como Rede de Redes é sugerir que
mais Redes universitárias participem da Rede dos países Lusófonos. Tornar-se
centros educadores , desde infantil até universidade.
- Estamos atrasados nesta questão. Quer a Lusófona também
abrace outros movimentos como a SIBEA para que também se uma.
- Espanha tem uma pesquisa de indicadores em 10 países de América
Latina. Nos Indicadores de docência deste documento, temos sugestões
fazendo uma experiência de revisitar os indicadores da Rede. Dos mil e
pouco de Planos de Ensino , fazendo uma leitura de ementas e dos Plano de Ensino
de 27 cursos e de 54 Campus encontramos somente 10 % das disciplinas com
indícios de ambientalização sendo mais nas área de engenharia.
- A ideia é propiciarmos o dialogo. Há interesse da rede
lusófona para ampliar com a Rede de América Latina. É importante que se
faça o diagnóstico, são poucas as universidades!
- Sabemos da USP, da UFMT, UNICAMP, mas são programas e
politicas institucionais mais voltadas a gestão do que a educação em si.
- O eixo pedagógico das escola tem que ser discutido também
na universidade. Precisamos ampliar o território do lusófono para incluir América Latina e
Caribe.
- Precisamos avançar e ir dialogando, abordando o
currículo, a pesquisa e a extensão o que necessariamente inclui as
comunidades.
________________
Jacqueline Guerreiro
- A Troca de saberes e a legitimação destes saberes é a essência
se quisermos construir Redes. Isto é ponto de tenção na Rede.
- Nada contra a Academia, mas o privilegiar do saber acadêmico mata varias ações da rede. Se a identidade da Rede Luso,
são os saberes acadêmicos OK, mas se no for é necessário criar mecanismos
claros e eficientes, contínuos e pertinentes para que os diferentes
saberes sejam privilegiados sempre.
- A Revista da REBEA no era
acadêmica. Era uma revista em que o
ribeirinho possa escrever, mesmo não utilizando a norma culta da língua.
- Identidade é plural e não somente
acadêmica. Assim precisamos pensar em que mecanismos a Rede terá para o fortalecimento
e para que não aconteça também o desprestigio
dos saberes acadêmicos em detrimento dos saberes constituídos..
M. Simons: Michèle e o logo da redeluso |
Adotar
o tratado para gerar novas formas de Governança planetária.
Previsão
do III Congresso Internacional
de
Educação Ambiental dos Países Lusófonos
Torreira,
Murtosa (Portugal)
29de
junho a 2 de Julho de 2015
*
Um comentário:
Gratidão pelo reconhecimento da ambientação feita no Luso em Cbá-MT/Brasil, pelos alunos do 2° ano do Curso de Eventos do IFMT-Cbá. Ambientar em contraponto a decorar, é alimentar a criação artística com conhecimentos científicos e não científicos,com sustentabilidade, com as questões socioambiental envolventes, com saberes e fazeres diversos. O GPEA sob a coordenação da Michèle Sato é a semeadura dessa proposição de Arte Educação Ambiental na escola.
bjão
imaraquadros
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