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domingo, outubro 12, 2014

Mais da metade da fauna selvagem que existia há 40 anos desapareceu

ihu
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/535770-mais-da-metade-da-fauna-selvagem-que-existia-ha-40-anos-desapareceu

Mais da metade da fauna selvagem que existia há 40 anos desapareceu

Mais da metade dos animais selvagens que existiam na Terra há 40 anos desapareceu, e a maioria destas perdas ocorreu nas áreas tropicais da América Latina, segundo o último relatório "Planeta Vivo" do Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
A reportagem foi publicada pela Agência EFE e reproduzida pela revista Galileu, 30-09-2014.
Sob o título "Espécies e Espaços, Pessoas e Lugares", o relatório -o 10° deste estudo bienal- recolhe as pesquisas realizadas sobre o destino de 10 mil espécies de vertebrados de 1970 a 2010.
As espécies estão classificadas no Índice Planeta Vivo, um registro mantido pela Sociedade Zoológica de Londres.
Além disso, o relatório mede a pegada ecológica da humanidade no Planeta elaborada pela Global Footprint Network.
A principal conclusão do estudo é que as povoações de peixes, aves, mamíferos, anfíbios e répteis diminuiu 52% desde 1970. As espécies de água doce sofreram uma baixa de 76%. A maioria das perdas globais provém das regiões tropicais daAmérica Latina.
Índice Planeta Vivo para a região neotropical -que coincide com o território da América Latina- mostra um dramático e contínuo declive das povoações de fauna selvagem, com uma perda média de 83% das espécies desde 1970.
"Esta é a queda regional mais profunda, e destaca a intensa pressão à qual estão submetidas as espécies tropicais daAmérica Latina", assinalou à Agência Efe Richard McLellan.
O especialista do Fundo explicou esta queda ocorre por uma série de razões, que incluem "as ameaças típicas", como a exploração das espécies, a degradação da terra e da água, a perda de habitats e a mudança climática.
Fatores que, no entanto, no relatório deste ano são acentuados porque houve melhora nos sistemas de coleta de dados e porque se obteve mais e melhor informação procedente da América Latina.
"Dito isto, é preciso deixar claro que o principal fator é a pressão no ecossistema realizada pela ação humana", afirmou em entrevista coletiva Marco Lambertini, diretor-geral da WWF.
Lambertini disse, além disso, que até há poucas décadas, o território latino-americano estava quase virgem com relação de outras áreas tropicais do mundo, que tinham sido exploradas intensamente há muito mais tempo.
"O fato de que estiveram menos afetadas provocou que quando foi feita pressão sobre elas, as consequências foram muito mais notórias, e o declive das espécies é mais intenso do que em outras áreas onde a exploração foi mais sustentada no tempo", acrescentou Lambertini.
De fato, em geral em toda a Terra, o maior perigo para a fauna é a degradação e a perda do habitat natural dos animais causada pela ação humana.
A pesca e a caça são ameaças "significativas", assinala o relatório, enquanto a mudança climática se transformou em "crescentemente preocupante", com as primeiras constatações de que "a mudança climática já é responsável pela extinção de algumas espécies".
Por outro lado, o relatório destaca que o que a humanidade reivindica ao Planeta é mais do que o dobro que a natureza pode renovar. "Estamos cortando madeira mais rápido do que as árvores podem crescer, usando água doce mais rápido do que os aqüíferos subterrâneos se enchem, e lançando CO2 à atmosfera mais rápido do que se pode absorver". De fato, calcula-se que seria necessária uma Terra e meia para produzir os recursos necessários para equilibrar a pegada ecológica da humanidade.
O relatório também destaca que a pegada ecológica é cinco vezes maior nos países desenvolvidos do que nas nações em desenvolvimento, e lembra que foi demonstrado que é possível elevar os níveis de vida da população e restringir, ao mesmo tempo, a exploração dos recursos naturais.
Os dez países com uma maior pegada ecológica são Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos, Dinamarca, Bélgica, Trinidad e Tobago, Cingapura, Estados Unidos, Bahrein e Suécia.
Perante esta situação, Lambertini disse que a única solução é "consumir e produzir de forma mais sustentável", e fixar não só o lado conservacionista, mas também "as oportunidades econômicas" de um desenvolvimento diferente. "Abiodiversidade é uma parte crucial de nosso sistema de vida na Terra, e o barômetro do que fazemos a este Planeta, o único lar que temos. Necessitamos urgentemente de uma ação global de todos os setores da sociedade para construir um futuro mais sustentável", concluiu.

sexta-feira, julho 18, 2014

Biodiversidade: Protocolo de Nagoya entrará em vigor em outubro

ihu
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/533341-biodiversidade-protocolo-de-nagoya-entrara-em-vigor-em-outubro


Biodiversidade: Protocolo de Nagoya entrará em vigor em outubro

Tratado de acesso e repartição de benefícios da biodiversidade recebe número necessário de ratificações. Brasil – país com a maior biodiversidade do planeta – não ratificou documento.
A reportagem foi publicada por ONU Brasil, 17-07-2014.
O Protocolo de Nagoya – oficialmente “Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e a Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Advindos de sua Utilização” (ABS, na sigla em inglês) – entrará em vigor dia 12 de outubro de 2014. O tratado foi ratificado por 51 Estados-membros da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD na sigla em inglês), condição para a entrada em vigor.
Nas últimas semanas, 12 países ratificaram o tratado, incluindo BelarusBurundiGâmbiaMadagascar,MoçambiqueNígerPeruSudãoSuíçaVanuatuUganda e, esta semana, o Uruguai. A sua entrada em vigor significa que a primeira reunião da Conferência das Partes na condição de reunião do Protocolo será realizada, de 13 a 17 de outubro, simultaneamente à XII Reunião da Conferência das Partes (COP) da CBD, em Pyeongchang, na Coreia do Sul, em outubro.
Brasil – país que abriga a maior biodiversidade do planeta – é signatário, mas não ratificou o documento (acesse aqui a lista de países que ratificaram).
A ratificação do Protocolo de Nagoya por 51 partes da CDB representa um passo importante para o cumprimento da 16ª Meta de Aichi, que afirma que “em 2015, o Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e a partilha justa e equitativa de benefícios decorrentes da sua utilização estará em vigor e operacional, de acordo com a legislação nacional”.
A entrada em vigor do Protocolo de Nagoya proporcionará maior segurança jurídica e maior transparência, tanto para provedores quanto usuários de recursos genéticos, criando uma estrutura que promove o uso de recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados ao reforçar as oportunidades para uma partilha justa e equitativa de benefícios.
O protocolo criará novos incentivos para a conservação da biodiversidade e o uso sustentável de seus componentes, aumentando sua contribuição para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar humano.
“Ferramentas práticas como o Protocolo de Nagoya são fundamentais para o uso sustentável e equitativa da biodiversidade. Congratulo os Estados-membros que ratificaram esse instrumento jurídico internacional importante. Ao cumprir a promessa feita na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável de 2002, fizeram uma contribuição significativa para a agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015”, disse o secretário-geral das Nações UnidasBan Ki-moon.
O brasileiro Bráulio Ferreira de Souza Dias, secretário executivo da CBD, completou: “O Protocolo de Nagoya é central para libertar o poder da biodiversidade para o desenvolvimento sustentável, através da criação de incentivos para a conservação e o seu uso sustentável, garantindo a equidade na partilha de benefícios. Felicito todas as partes que ratificaram o Protocolo, e convido outros Estados a fazê-lo a tempo de participar na reunião na Coreia do Sul”.
As seguintes partes ratificaram ou aderiram ao tratado: Albânia, Belarus, Benin, Butão, Botsuana, Burkina Faso, Burundi, Comores, Costa do Marfim, Dinamarca, Egito, Etiópia, União Europeia, Fiji, Gabão, Gâmbia, Guatemala, Guiné-Bissau, Guiana, Honduras, Hungria, Índia, Indonésia, Jordânia, Quênia, Laos, Madagascar, Ilhas Maurício, México, Estados Federados da Micronésia, Mongólia, Moçambique, Mianmar, Namíbia, Níger, Noruega, Panamá, Peru, Ruanda, Samoa, Seicheles, África do Sul, Espanha, Sudão, Suíça, Síria, Tadjiquistão, Uganda, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.
Mais informações sobre o Protocolo de Nagoya em www.cbd.int/abs
Veja também:

domingo, fevereiro 16, 2014

Países de unem contra tráfico de animais silvestres

o eco
http://www.oeco.org.br/noticias/28012-paises-de-unem-contra-trafico-de-animais-silvestres


Países de unem contra tráfico de animais silvestres
Vandré Fonseca - 14/02/14

RonocerontesMedidas podem ajudar a reduzir a morte de rinocerontes-negros da África do Sul, vítimas da caçadores que buscam os chifres do animal. Crédito: © Martin Harvey / WWF-Canon.
Líderes de 46 países se comprometeram a ‘“tomar ações decisivas e urgentes” para combater o tráfico internacional de espécies selvagens. A “Declaração de Londres” foi assinada essa semana, na capital inglesa, após dois dias de negociações a portas fechadas. Entre as medidas que as nações se comprometeram a adotar estão ações para erradicar o mercado de produtos oriundos da caça ilegal, acordos para fortalecer a aplicação das leis e promoção de alternativas sustentáveis para a sobrevivência e o engajamento das populações locais na luta contra a caça ilegal de animais selvagens.
A reunião foi acompanhada por organizações não-governamentais que lutam contra o tráfico internacional de espécies e também por instituições que podem agir ou oferecer recursos para combater esse tipo de crime. O Fundo Mundial para o Meio Ambiente (WWF) e a Traffic, rede internacional que monitora o tráfico de animais e plantas, divulgaram uma nota onde acolhem a declaração. Segundo as organizações, o documento reconhece as graves consequências econômicas, sociais e ambientais do  tráfico internacional da fauna e da flora, destacando que a caça ilegal e o tráfico estão sendo controlados por organizações criminosas que minam o estado de direito, a boa governança e encorajam a corrupção.
Para a conselheira-chefe para espécies do WWF do Reino Unido, Heather Sohl, os governos que assinaram a declaração enviaram uma forte mensagem: “Crime contra a vida selvagem é um crime sério e tem que ser interrompído. Esse tráfico assola populações de espécies, mas também tira a vida de guardas-florestais, impede o desenvolvimento econômico dos países e desestabiliza a sociedade por meio da corrupção”, afirmou. Heather Sohl acrescentou que existe uma crise que precisa de atenção global urgente. Para ela é preciso garantir apoio político para a nomeação de um representante especial das Nações Unidas para tratar do tema.
Entre os países que assinaram a declaração estão alguns dos mais impactados pela caça ilegal de elefantes, como a República Democrática do Congo, o Gabão, o Quênia e a Tanzânia. Outros países, que representam pontos de passagem do marfim que vai da África para a Ásia assinaram, como Togo, Filipinas, Malásia e, o maior mercado ilegal do marfim, a China. África do Sul, Moçambique e Vietnã, afetados pela caça dos rinocerontes, também participaram das negociações e aceitaram o acordo.
Para o diretor-executivo da Traffic, Steven Broad, a Declaração de Londres foi um claro apelo para que os países cumpram seu papel no combate “às redes organizadas criminosas que estão destruindo ícones mundiais da vida selvagem, desestabilizando nações e a segurança internacional”. Para ele, a chave para apoiar os esforços são as ações voltadas para o mercado consumidor e a cadeia de abastecimento, que podem reduzir a demanda por produtos de origem na caça ilegal. "Nosso desafio agora é manter a pressão e ajudar a traduzir esta atenção em ação organizada, para colocar compromissos corajosos da Declaração em ação”, afirmou.