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segunda-feira, novembro 04, 2013

Japão dá luz verde para "arriscada" limpeza do reator 4 de Fukushima

carta maior
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Japao-da-luz-verde-para-arriscada-limpeza-do-reator-4-de-Fukushima/3/29426

03/11/2013 - Copyleft

Japão dá luz verde para "arriscada" limpeza do reator 4 de Fukushima

A remoção de 1.300 bastões de energia gastos pode ser o momento mais perigoso para a humanidade desde a crise dos mísseis de Cuba.


Lauren MacCauley, para o Common Dreams
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A Autoridade de Regulação Nuclear (ARN) japonesa deu essa semana o ok final para a operadora da usina nuclear danificada de Fukushima Daiichi remover os 1.300 bastões de energia gastos da piscina da altamente danificada unidade 4, iniciando um processo que o militante anti-nuclear Harvey Wasserman descreveu como "o momento mais perigoso para a humanidade desde a crise dos mísseis de Cuba".
 
De acordo com a Associated Press (AP), a Autoridade de Regulação Nuclear anunciou que o plano de remover manualmente os bastões radioativos a ser posto em prática pela operadora, a Tokyo Electric Power Company, ou TEPCO, é “apropriado” e a remoção “pode se iniciar em novembro, como havia sido planejado, seguida de uma inspeção local feita pelos reguladores”.
 
A TEPCO estima que o processo completo de decomposição vá levar décadas. Dando mais detalhes do processo, diz a AP:
 
“A TEPCO preparou uma estrutura massiva de aço com um guindaste operado por controle remoto para remover os bastões de combustível, que serão depositados em um tonel de proteção e transferidos para uma piscina de resfriamento localizada numa construção ao lado. Para abrir espaço para os bastões da unidade 4, a companhia tem transportado os que já estavam na piscina para um depósito mais seguro em tonéis secos, em um local separado.
 
O plano é esvaziar a piscina do reator 4 até o fim de 2014, e remover bastões de energia das piscinas de três outros reatores danificados ao longo de vários anos antes de cavar até os núcleos derretidos, por volta de 2020.”
 
No entanto, de acordo com o engenheiro nuclear Arnie Gundersen, os bastões de energia gastos da unidade 4 estão “vergados, danificados e fragilizados e ponto de se desmancharem”. E o presidente da ARN, Shunichi Tanaka, alertou que a remoção dos bastões poderia ser dificultada por conta do risco que representam os destroços que caíram na piscina durante as explosões provocadas pelo terremoto de 2011, pelo tsunami e pelos subsequentes três processos de fusão de reatores na usina.
 
“É completamente diferente de remover bastões de energia normais de uma piscina”, disse Tanaka durante uma coletiva de imprensa. “Elas precisam ser manipuladas com extrema cautela e devem ser monitoradas muito de perto. Não se pode apressar, ou forçar para que elas saiam, ou elas podem quebrar”.
 
Wasserman alerta que há cerca de “400 toneladas de combustível naquela piscina, que poderiam liberar mais de 15 mil vezes a radiação que foi detonada em Hiroshima”.
 
Wasserman, Gundersen e outros ativistas da questão nuclear têm alertado que nem a TEPCO nem o governo japonês têm “os recursos técnicos, científicos e financeiros” para lidar com essa tarefa e que essa situação demandaria um “esforço coordenado mundial dos melhores cientistas e engenheiros de nossa espécie”.
 
 
Mais de 100 mil pessoas já assinaram uma petição dando eco a essa demanda. “A remoção de enormes bastões radioativos a mais de 30 metros no ar representa um desafio científico e de engenharia sem precedentes”, dizem os signatários, que pedem ao presidente Barack Obama e ao secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, que intercedam junto às autoridades japonesas. “Pedimos que a comunidade mundial [...] tome controle dessa tarefa incrivelmente perigosa”.
 
Tradução de Rodrigo Mendes.

domingo, novembro 03, 2013

Janelas envidraçadas, novo gerador de energia limpa?

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http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/janelas-envidracadas-novo-gerador-de-energia-limpa/

Janelas envidraçadas, novo gerador de energia limpa?

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Empregando novo material, cientistas chineses mostram que é possível manter a transparência do vidro e, ao mesmo tempo, convertê-lo em captador solar
Cientistas da Academia Chinesa de Ciências desenvolveram uma tecnologia que torna “inteligentes” as janelas de edifícios, fazendo com que se adaptem às condições climáticas externas para armazenar e gerar energia para o prédio. O projeto pode reduzir os custos de refrigeração e aquecimento em um mundo cada vez mais dependente de energia e carente em recursos.
Enquanto as janelas atuais se limitam regular a entrada da luz do Sol no ambiente interno, as janelas “inteligentes” usam os raios solares para armazenar energia, que é desperdiçada com as comuns, explica o cientista Yanfeng Gao, coautor do estudo. “A principal inovação deste trabalho é que ele desenvolveu, simultaneamente, um conceito de dispositivo de janela inteligente de geração e economia de energia”, afirma.
São antigas as tentativas de engenheiros de incorporar painéis solares de captação de energia em janelas, mas sem afetar a sua transparência. A equipe de Gao descobriu um material chamado de óxido de vanádio (VO2), que pode ser usado como um revestimento transparente para regular a radiação infravermelha do sol. O VO2 altera as suas propriedades com base na temperatura. Abaixo de um determinado nível se torna isolante e deixa passar a luz infravermelha, enquanto que, na outra escala de temperatura, torna-se refletora.
A janela na qual o óxido de vanádio foi utilizado nos testes regulou a quantidade de energia do Sol que entrou no edifício, assim como também o fez para a dispersão de luz por meio das células solares que a equipe de pesquisa havia instalado em torno de seus painéis solares. Nos testes, foi possível manter acesa uma lâmpada.
“A janela inteligente combina a economia de energia e geração em um único dispositivo, e oferece potencial de inteligência para regular e utilizar a radiação solar de forma eficiente”, afirmam os autores da pesquisa em artigo publicado na revista científica Reports.

sábado, outubro 26, 2013

Retirada de combustível do reator 4 de Fukushima ameaça criar cenário apocalíptico

carta maior
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26/10/2013 - Copyleft

Retirada de combustível do reator 4 de Fukushima ameaça criar cenário apocalíptico

Em novembro, a TEPCO começa a remover os bastões de combustível, que têm emissão de radiação equivalente a 14 mil bombas como as foram jogadas em Hiroshima


Por Andrea Germanos, para o Commom Dreams
EBC
Uma operação com consequências potencialmente “apocalípticas” deve começar em cerca de duas semanas – “em torno de 8 de novembro” – no reator 4 de Fukushima, que está danificado e vazando. É aí que a operadora da usina, a TEPCO, vai tentar remover 1.300 bastões de combustível gastos de um depósito completamente estragado no andar superior da usina. Os bastões têm radiação equivalente a 14 mil bombas como as que foram jogadas em Hiroshima.

Apesar de o prédio do reator 4 em si não ter sofrido um colapso, ele passou por uma explosão de hidrogênio, e está indo de mal a pior, e a chance de aguentar mais um abalo sísmico é zero.

Japan Times explicou:

“Para remover os bastões, a TEPCO colocou um guindaste de 273 toneladas por cima do prédio, que será operado remotamente, de uma sala separada. [...] os bastões gastos vão ser retirados das armações em que eles estão armazenados um a um e inseridos em uma pesada câmara de aço, com as peças ainda submersas debaixo da água. Quando essa câmara for retirada da água e depositada no chão, será transportada até outra piscina em um prédio intacto para armazenamento.

Em circunstâncias normais, uma operação como essa demoraria três meses. Mas a TEPCO esperar completar essa antes do início do ano fiscal de 2014.”

Um coro de vozes têm soado como um alarme contra o plano – nunca algo assim já foi feito – de remover manualmente 400 toneladas de combustível gasto da TEPCO, que tem sido responsabilizada por problema atrás de problema na danificada usina nuclear.

Arnie Gunderson, engenheiro nuclear veterano dos EUA e diretor da Fairewinds Energy Education, alertou, nesse verão, que “eles terão dificuldade na remoção de um número significativo dos bastões”, e disse que “daí se pular direto para a conclusão de que vai dar tudo certo é um belo salto no escuro”. Paul Gunter, diretor do Reactor Oversight Project, também deu o alarme, afirmando ao Commom Dreams que “dadas as incertezas sobre as condições objetivas e a disposição de centenas de toneladas de partes, vai ser como um perigosíssimo jogo de pega varetas radioativo”. Gunter fez a seguinte analogia sobre o perigoso processo de remover os bastões de combustível gastos:

“Se você pensar na armação nuclear como um maço de cigarros, se você puxar um cigarro direto, ele sai – mas essas armações sofreram danos. Agora, quando eles forem puxar o cigarro direto para cima, ele vai provavelmente quebrar e soltar Césio e outros gases, Xenônio e Criptônio, no ar. Suspeito que quando chegar novembro, dezembro, janeiro, vamos ouvir que o prédio foi evacuado, que eles quebraram um dos bastões, que os bastões estão liberando gases. [...]

Suspeito que vamos ter mais liberações no ar à medida que eles tiram o combustível. Se eles puxarem rápido demais, quebram o bastão. Acho que as armações foram retorcidas, o combustível superaqueceu – a piscina ferveu – e o efeito é que provavelmente, boa parte do combustível vai ficar lá por muito tempo.”

Japan Times acrescentou:

“A remoção dos bastões costuma ser feita por computador, que sabe a localização de cada uma das peças com precisão milimétrica. O trabalho às cegas em um ambiente altamente radioativo faz com que haja um risco de o guindaste danificar um dos bastões – um acidente que deixaria ainda mais miserável a região de Tohoku.”

Como explicou Harvey Wasserman, ativista contra atividade nuclear de longa data:
“Os bastões gastos de combustível precisar ser mantidos resfriados o tempo todo. Se eles forem expostos ao ar, seu revestimento de liga de Zircônio vai pegar fogo, os bastões vão se queimar e grandes quantidades de radiação serão liberadas. Se os bastões encostarem um no outro, ou se eles se desfizerem numa pilha grande o suficiente, pode haver uma explosão.”

RT ainda acrescenta que, na pior das hipóteses: “a piscina pode desabar no chão, derrubando os bastões uns sobre os outros, o que poderia provocar uma explosão muitas vezes pior do que a que aconteceu em março de 2011.”

Wasserman diz que o plano é tão arriscado que merecia uma intervenção global, um pedido do qual Gunter compartilha, afirmando que “a perigosa tarefa não deveria ficar nas mãos da TEPCO, deveria envolver a supervisão e o gerenciamento de especialistas internacionais independentes”.

Wasserman disse ao Commom Dreams que:

“A retirada dos bastões de energia da unidade 4 de Fukushima pode bem ser a missão mais perigosa da engenharia até hoje. Tudo indica que a TEPCO é incapaz de fazer isso sozinha, ou de informar de maneira confiável à comunidade internacional o que está acontecendo. Não há razões para se acreditar que o governo japonês também faria isso. Esse é um trabalho para ser feito pelos melhores engenheiros e cientistas do mundo, com acesso a todos os recursos que poderiam ser necessários

A potencial liberação de radiação em um caso desses pode ser descrita como apocalíptica. Só o Césio equivale a 14 mil bombas como as que foram jogadas sobre Hiroshima. Se algo der errado, a radiação poderia forçar que todos os seres humanos no local sejam evacuados, e poderia provocar a falha dos equipamentos eletrônicos. A humanidade seria forçada a assistir sem poder fazer nada enquanto bilhões de curies de radiação mortal são jogadas no ar e no mar.”

Por mais ousado que possa parecer o alerta de Wasserman, ele encontra ressonância na pesquisadora de fallout de radiação Christina Consolo, que disse ao RT que na pior das hipóteses o cenário é de apocalipse. O alerta de Gunter também foi ousado.

“O tempo é curto enquanto nos preocupamos que outro terremoto pode danificar ainda mais o complexo do reator e o depósito do resíduos nucleares”, continuou ele. “Isso poderia literalmente reinflamar o acidente nuclear a céu aberto e incendiar até alcançar proporções hemisféricas”, disse Gunter.

Wasserman diz que, dada a gravidade da situação, os olhos do mundo deveriam estar voltados para Fukushima.
 
“Essa é uma questão que transcende ser antinuclear. O destino da Terra está em jogo aqui, e o mundo todo deve acompanhar cada movimento daquele local a partir de agora. Com 11 mil bastões de energia espalhados pelo local, e com um fluxo constante de água contaminada envenenando o oceano, é a nossa sobrevivência que está em jogo.”
 
Tradução de Rodrigo Mendes.

sexta-feira, setembro 20, 2013

Deixe o automóvel e vá a pé ou de bicicleta no Dia Mundial Sem Carro

adital
http://site.adital.com.br/site/noticia.php?boletim=1&lang=PT&cod=77730

Deixe o automóvel e vá a pé ou de bicicleta no Dia Mundial Sem Carro

WWF Brasil
Adital

Foto:DivulgaçãoNeste domingo, não esqueça de deixar o seu carro na garagem! Pegue a sua bicicleta e patins, use o transporte público de sua cidade ou vá a pé a mesmo! O que vale é participar do Dia Mundial Sem Carro, comemorado anualmente em 22 de setembro.

A data é uma amostra de como as cidades poderiam ficar sem carros durante 365 dias no ano. Cidadãos de todo o mundo são convidados a refletir sobre o uso excessivo dos automóveis no dia a dia, as consequências para o meio ambiente e para a qualidade de vida da população, principalmente, nas metrópoles.

O Dia Mundial Sem Carro é o momento ideal para mostrar para planejadores urbanos e políticos que priorizar ciclistas, pedestres e transporte público faz-se necessário em tempos de consumo exagerado de automóveis e combustíveis fósseis.

Pode ser apenas um dia de celebração para depois retornar à vida normal. Por outro lado, é um estímulo para repensar o uso dos automóveis em nossas vidas. Convoque amigos e familiares para a mobilização, que cresce a cada ano.

O desafio é simples: deixe o carro em casa e procure se locomover a pé, de bicicleta ou por meio de transporte público. Menos trânsito significa menos emissão de dióxido de carbono (CO2) e poluição!

Programação

Foto:WWFTodos os anos o WWF-Brasil apoia as diversas iniciativas que estimulam a mobilidade consciente no Dia Mundial Sem Carro. Mas não só nessa data específica.

"Em março, durante a Hora do Planeta em São Paulo realizamos um passeio ciclístico pelo centro da cidade. Em junho foi a vez de Manaus, Rio Branco, Brasília e mais uma vez São Paulo a comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente pedalando, desta vez contra o aquecimento global e em favor das energias renováveis. O uso da bicicleta não é poluente e melhora a qualidade de vida das pessoas. Acreditamos e defendemos a bicicleta como meio de transporte", destacou o coordenador de campanhas do WWF-Brasil, Michel dos Santos.

Em 2013, fazem parte da programação nacional do Dia Mundial Sem Carro o #OcupaEixão (festival de música com bandas e sorteio de brindes no Eixão do Lazer, em Brasília) e Se A Paulista Fosse Minha (na Avenida Paulista, em São Paulo), ambos no dia 22/9.

Na capital paulista, desde segunda-feira (17/9), está em andamento a Virada da Mobilidade. Trata-se de uma semana para promover alternativas de locomoção sustentáveis em grandes concentrações urbanas. A programação contempla atividades culturais, esportivas e seminários sobre temas relacionados.

Já em Brasília, em 23/9, acontece o Desafio Intermodal. Participantes percorrerão um percurso para avaliar os custos ambiental, econômico e social de cada meio de transporte. Em 2012, as pessoas compareceram motos, carros, táxis, ônibus, metrô, patins, bicicletas e pedestres.

Representando o WWF-Brasil, Philippe Thibault ingressará no desafio com sua bicicleta speed. "Gostei particularmente do fato que podemos escolher o caminho no desafio intermodal. Participar dessa iniciativa para mim é um sonho que se realiza", revelou o analista do programa de educação para sociedades sustentáveis do WWF-Brasil.

Outras capitais brasileiras, como Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA), também contam com programações especiais para estimular as pessoas a largarem os carros e a repensarem seus conceitos. Informe-se e participe você também do Dia Mundial Sem Carro!

Saiba mais sobre atividades que serão realizadas no dia 22/9 nos links.