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segunda-feira, junho 09, 2014

Na iminência de aprovação de megaprojeto hidrelétrico ambientalistas convocam marcha de protesto

adital
http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=80997


Na iminência de aprovação de megaprojeto hidrelétrico ambientalistas convocam marcha de protesto

Adital
Na iminência de que o Comitê de Ministros aprove o projeto hidrelétrico Hidroaysén, na Patagônia chilena, organizações ambientalistas e demais movimentos sociais convocam a população para uma marcha de protesto contra essa possível aprovação. A mobilização deve ser realizada em Santiago, nesta terça-feira, 10 de junho.
"Estamos esperando a decisão do Conselho de Ministros em alerta máximo e preparados para iniciar as mobilizações no caso de se resolva qualquer coisa que não seja um claro rechaço a esse projeto que implica a destruição de nossa Patagônia”, afirmam os organizadores do protesto.
Desde seu anúncio pelo governo, em 2011, HidroAysén é alvo de polêmica e críticas. Contempla a construção e operação de cinco centrais hidrelétricas, duas no rio Banker e três no rio Pascua, localizados na região de Aysén, sul do Chile. O completo terá uma potência instalada de 2.750 megawatts e uma capacidade de produzir 18.430 gigawatts de energia por ano, totalizando o investimento de 3,2 bilhões de dólares. Seria o maior projeto energético do país, com a capacidade de cobrir 21% da demanda energética do Chile.
O grande problema, no entanto, são os impactos ambientais gerados. Estima-se que o projeto Hidroaysén inundará 5,9 mil hectares de reservas naturai. Segundo estudos, o projeto afetará seis parques nacionais, 11 reservas ambientais, 26 locais prioritários de conservação, 16 pântanos e 32 áreas protegidas privadas. Serão impactadas seis comunidades mapuche, quatro comunidades de Toltén, uma de Lautaro e outra de Victoria. Além disso, parte da parede da central Baker 2 passaria ao longo do Parque Nacional Laguna San Rafael, barrado o rio Baker e provocando danos ambientais irreversíveis.

sábado, maio 10, 2014

Galeano afirma que não leria de novo ‘As veias abertas da América Latina’

adital
http://site.adital.com.br/site/noticia.php?boletim=1&lang=PT&cod=80511


Galeano afirma que não leria de novo ‘As veias abertas da América Latina’

Adital
Quando foi escrito, em 1971, o livro As Veias Abertas da América Latina, do escritor uruguaio Eduardo Galeano, logo se transformou em um clássico da esquerda latino-americana.
No livro, o escritor fez uma análise da história da América Latina sob o ponto de vista da exploração econômica e da dominação política, desde a colonização europeia até a contemporaneidade da época em que foi lançado. Isso em um período contextualizado pela Guerra Fria (1945-1991), e pelo início de um ciclo de regimes ditatoriais nos países latino-americanos.
A publicação de Galeano era tão identificada como sendo uma obra revolucionária e de esquerda, que foi banida na Argentina, Chile, Brasil e no Uruguai, durante as ditaduras militares nesses países. Galeano chegou a ser preso em solo uruguaio, e depois obrigado a se exilar, primeiramente na Argentina, e depois, na Espanha.
Mais de 40 anos depois, Galeano revelou que não leria novamente seu livro de maior sucesso. "Eu não seria capaz de ler de novo. Cairia desmaiado", disse, durante a 2ª Bienal do Livro de Brasília, realizada entre 11 e 21 de abril na Capital Federal, como noticiaram os jornalistas que fizeram a cobertura do evento. "Para mim, essa prosa da esquerda tradicional é chatíssima. Meu físico não aguentaria. Seria internado no pronto-socorro", disse o escritor, de 73 anos, durante uma coletiva de imprensa.
O episódio demonstra que Galeano assumiu um tom mais ponderado para analisar o maniqueísmo político de outrora. "Em todo o mundo, experiências de partidos políticos de esquerda no poder às vezes deram certo, às vezes não, mas muitas vezes foram demolidas como castigo por estarem certas, o que deu margem a golpes de Estadoditaduras militares e períodos prolongados de terror, com sacrifícios e crimes horrorosos cometidos em nome da paz social e do progresso", disse o escritor. "Em alguns períodos, é a esquerda que comete erros gravíssimos", completou.
O livro foi publicado quando Galeano tinha 31 anos e, segundo o próprio escritor, naquela época ele não tinha formação suficiente para realizar essa tarefa. "A Veias Abertas tentou ser um livro de economia política, só que eu não tinha a formação necessária", disse. "Não estou arrependido de tê-lo escrito, mas foi uma etapa que, para mim, está superada". Num momento em que esquerda e direita ganham matizes parecidas - no Brasil, os principais partidos, PT e PSDB, por exemplo, trafegam pela social democracia - a reflexão do escritor uruguaio chama a atenção.
Em 2009, durante a 5ª Cúpula das Américas, o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez deu uma uma cópia do livro de presente ao presidente dos Estados Unidos Barack Obama. Na época, o livro saiu da posição 54.295 da lista dos livros mais populares do site Amazon.com, para a segunda posição em apenas um dia.
O escritor foi questionado sobre esse episódio, no que respondeu que "Nem Obama e nem Chávez" entenderiam o livro. "Ele (Chávez) entregou a Obama com a melhor intenção do mundo, mas deu de presente a Obama um livro em uma língua que ele não conhece. Então, foi um gesto generoso, mas um pouco cruel", disse.
A reportagem é de Marina Rossi, publicada pelo jornal El País, 4-05-2014.

quinta-feira, março 06, 2014

Greenpeace funda novo país em território não reconhecido pelo Chile

adital


Greenpeace funda novo país em território não reconhecido pelo Chile
Adital
O objetivo é pressionar o Estado chileno a reconhecer legalmente a área e criar lei de proteção ambiental
Uma nova nação acaba de ser fundada na América do Sul. Denominado República Glacial, o mais recente país foi fundado pela organização global de proteção ao meio ambiente Greenpeace numa superfície chilena constituída de enormes geleiras. A área é considerada a grande reserva natural de água para o futuro do Chile.
A criação do novo país só foi possível por uma lacuna na legislação, uma vez que o Estado chileno não reconhece as massas de gelo como parte de sua soberania nem menciona a zona em sua Constituição ou no Código de Águas do país. Isso resulta na vulnerabilidade da área, atualmente explorada por empresas mineradoras, afetando gravemente o ecossistema do país.
Com essa ação, o Greenpeace busca o reconhecimento das geleiras como bem público chileno e o estabelecimento de sua proteção através de uma lei que evite qualquer tipo de ameaça ambiental. "Quando isso ocorrer, a República Glacial e seus cidadãos devolverão as geleiras ao Estado do Chile", assegura o diretor da organização no país, Matías Asún.

O que deve ser regularizado
Segundo o Greenpeace, uma lei para o local deve definir e estabelecer uma figura legal para as geleiras na Constituição chilena, que as converta em bens nacionais de uso público, além de definir que representam reservas estratégicas de água em estado sólido.
Para a organização, é necessário ainda que sejam incluídos na lei os diferentes tipos de geleiras e de ambientes glaciais, precisar as atividades permitidas na zona e estruturar um cronograma de transição para empreendimentos e atividades que hoje se desenvolvem na área, se adequando a uma nova normativa.
Sobre o novo país
A República Glacial é um país onde qualquer pessoa pode ser cidadã. Seu território de 23 mil km2 é compreendido de todas as geleiras que estão em solo chileno, o equivalente a 82% de todas as massas de gelo da América do Sul.
A zona é considerada a maior reserva natural de água do país e sua destruição, dentre outros fatores, tem provocado escassez hídrica em algumas comunidades. As geleiras são milenares e permitem diversos benefícios ecossistêmicos. Entre eles estão: a manutenção de caudais em períodos de seca, o regular volume de água em rios, além da regularização do clima.

terça-feira, janeiro 07, 2014

David Harvey: ser zapatista não é endeusar Marcos

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http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/david-harvey-ser-zapatista-nao-e-endeusar-marcos/


David Harvey: ser zapatista não é endeusar Marcos

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Vinte anos depois do levante no México, geógrafo avalia: movimento pode transformar esquerda, desde que não o mistifiquemos…
Por Pedro Locatelli, em Carta Capital
Pesquisador de revoltas recentes ao redor do mundo, o geógrafo britânico David Harvey reconhece a influência dos zapatistas nos novos levantes que têm surgido. Mas ele pondera que algumas das suas características são ignoradas pela esquerda em diversos países.
O geógrafo concedeu uma entrevista à reportagem de CartaCapital, na qual fala sobre o legado do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), que há vinte anos tomou o controle de parte da pobre província mexicana de Chiapas.
Harvey destaca as novidades trazidas pelo levante, como a ênfase no direito das mulheres. Ele, porém, se diz “cansado” das pessoas acharem que a revolução “sairá de Chiapas”. Para o geógrafo, a esquerda deve achar uma forma própria de se organizar na cidade. Leia abaixo as falas do geógrafo sobre o levante:
Movimento indígena com características ocidentais
O zapatismo é retratado às vezes como somente um movimento indígena. Mas ele não é isso. É um movimento indígena com caraterísticas ocidentais. Um movimento horizontal, mas com formas militares hierarquizadas. Ou seja, é uma forma híbrida.
Obviamente o zapatismo teve um impacto muito grande na esquerda. A esquerda mundial ficou muito impressionada com suas formas horizontais de governança, mas falhou em reconhecer que a parte militar dessa organização a modificou muito.
Direitos das mulheres
Os zapatistas abordaram muitas questões importantes para essas sociedades (indígenas), como os direitos das mulheres, de uma maneira muito importante. Foi muito excitante ver a questão de gênero, em toda sua dimensão, ser propriamente abordada e articulada pelos zapatistas. [Diversas das figuras mais proeminentes do movimento eram mulheres e, logo após o levante, os zapatistas fizeram uma serie de reivindicações específicas em relação a elas].
Os direitos das mulheres estavam arraigados muito neste movimento, o que não é necessariamente verdade em outras populações indígenas e na esquerda. Mais uma vez, nessa questão, eles tinham características especiais.
Teologia da libertação
O movimento era uma combinação brilhante de pensamento indígena com perspectivas do iluminismo ocidental. Particularmente, havia uma influência de doutrinas do catolicismo, como dos franciscanos [conjunto de ordens católicas com forte presença na América Latina]. Eu acho que foi a expressão de ideias como respeito e dignidade, vindas de Chiapas, que agarraram a imaginação do mundo.
Foi uma combinação peculiar, onde a posição do subcomandante Marcos foi extremamente crucial. Não só em termos de organizar a parte militar, mas também de apresentar suas ideias ao mundo, que muito dificilmente poderiam ser entendidas. Então, quando ele falava de respeito e dignidade, ele estava em uma longa história da teologia da libertação, por exemplo. E as pessoas responderam a isso.
Ação fora do Estado
Havia também a característica de que aquele não era um partido político, não queria tomar o poder do Estado. Os zapatistas só queriam autonomia, e isso foi atraente para muitas pessoas ao redor do mundo. Eles estavam, desta forma, se protegendo da exploração. Quando se faz isso, você mantém-se fora dos limites, mas isso também gera muitos problemas. Eles precisam de recursos, eles precisam de armas, é uma história muito complicada.
A revolução não sairá de Chiapas
As vezes eu fico um pouco cansado porque em partes da Europa e da América do Norte as pessoas acham que a revolução vai sair de Chiapas e salvar a nós todos. Meu argumento é que a gente não pode simplesmente tirar aquilo do México e trazer para cá, nós temos de inventar nossas próprias maneiras de fazer política, de acordo com as nossas próprias circunstâncias.
Nós não estamos vivendo em Chiapas, nós estamos vivendo em Pittsburgh, em Detroit, em São Paulo. E a gente precisa pensar nas nossas próprias formas de se organizar em grandes cidades como essas.

domingo, dezembro 01, 2013

Uruguai: a um passo de legalizar a maconha

outras palavras
http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/uruguai-a-um-passo-de-legalizar-a-maconha/

Uruguai: a um passo de legalizar a maconha

Presidente Mujica sustenta: legalização inibirá tráfico e crime organizado
Projeto de venda e cultivo controlados avança no Senado, apesar de resistência conservadora. Educação sobre drogas será incorporada ao currículo escolar
A Comissão de Saúde do Senado do Uruguai aprovou na noite de 26/11 o projeto de legalização da compra e venda e cultivo de maconha que tinha sido aprovado anteriormente na Câmara dos Deputados. Agora, o projeto segue para o plenário, onde deverá ser votado na semana que vem [Nota de "Outras Palavras": espera-se agora a votação para 12/12. Já aprovado na Câmara, o projeto irá, se passar pelo Senado, à sanção do presidente José Mujica, que o apoia].
O presidente da Comissão de Saúde, o senador Alfredo Solari, do opositor Partido Colorado, disse à rádio El Espectador que a aprovação do projeto – possível pelos votos da governista Frente Ampla (FA) – deixa “um sabor muito amargo pela irresponsabilidade com que foi conduzido” pelo bloco governamental. Segundo ele, é um projeto de “quarenta e tantos artigos onde todos eles, praticamente, têm observações, algumas não tão importantes, mas outras muito, com casos de inconstitucionalidade”, afirmou.
“No entanto, [o projeto] foi votado assim como veio da Câmara dos Deputados para que não tivesse que voltar a esta casa porque nela não estão assegurados os votos para que pudesse passar”, acrescentou.
O senador Robert Conde, um dos integrantes do FA na Comissão de Saúde, disse à Agência Efe que o plano governamental “não tem nenhuma inconstitucionalidade, somente um artigo onde se coloca a necessidade de que a educação sobre drogas seja incorporada à educação secundária pública”.
“Entende-se que pode estar invadindo a autonomia das autoridades da educação”, mas estas “podem tomar o espírito do artigo e aplicá-lo como elas entenderem melhor dentro do campo de sua autonomia”, argumentou.
A oposição também critica a criação de um Instituto de Regulação da Cannabis (IRCA), com funções de supervisão, e a nomeação de um titular. O órgão será responsável por emitir licenças e controlar a produção e a distribuição da maconha.
Os consumidores registrados poderão comprar maconha em farmácias especialmente habilitadas, até um máximo de 40 gramas por mês, ou cultivar em casa até seis plantas que produzam não mais de 480 gramas por colheita.
A Constituição uruguaia, porém, impede a criação de cargos públicos um ano antes de eleições. As próximas estão previstas para outubro de 2014. De acordo com o senador governista, o instituto é “público, mas, de direito privado” e não se encaixaria nesta norma.
A Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), da ONU, advertiu na semana passada ao Uruguai que a lei sobre a maconha viola os tratados internacionais assinados pelo país.

sexta-feira, setembro 27, 2013

Mujica: "humanidade ocupou o templo com o deus mercado"

carta maior
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Internacional| 27/09/2013 | Copyleft 

Mujica: "humanidade ocupou o templo com o deus mercado"

Destoando dos discursos feitos pelos seus pares durante a 68ª Assembleia Geral da ONU, o presidente uruguaio José Mujica criticou veementemente o consumismo e defendeu que “enquanto o homem recorrer à guerra quando fracassar a política, estaremos na pré-história. "É através da ciência e não dos bancos que o planeta deve ser governado. “Pensem que a vida humana é um milagre e nada vale mais que a vida. E que nosso dever biológico é acima de todas as coisas, impulsionar e multiplicar a vida. Deveríamos ter um governo para a humanidade que supere o individualismo e crie cabeças políticas”.



O presidente uruguaio Pepe Mujica voltou a surpreender o mundo com o seu discurso desassombrado na última terça-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas. Aos jornais uruguaios, Mujica prometera um “discurso exótico” e de fato fugiu do protocolo ao dizer que “tem angústia pelo futuro” e que a nossa “primeira tarefa é salvar a vida humana”. 

“Sou do Sul e carrego inequivocamente milhões de pessoas pobres na América Latina, carrego as culturas originárias esmagadas, o resto do colonialismo nas Malvinas, os bloqueios inúteis a Cuba, carrego a consequência da vigilância eletrônica, que gera desconfiança que nos envenena inutilmente. Carrego a dívida social e a necessidade de defender a Amazônia, nossos rios, de lutar por pátria para todos e que a Colômbia possa encontrar o caminho da paz, com o dever de lutar pela tolerância.”

A humanidade sacrificou os deuses imateriais e ocupou o templo com o “deus mercado, que organiza a economia, a vida e financia a aparência de felicidade. Parece que nascemos só para consumir e consumir. E quando não podemos, carregamos a frustração, a pobreza, a autoexclusão”. No mesmo tom, sublinhou o fracasso do modelo adotado no capitalismo: “o certo hoje é que para a sociedade consumir como um americano médio seriam necessários três planetas. A nossa civilização montou um desafio mentiroso”. 

Para o chefe de Estado, que já havia surpreendido o mundo com o seu discurso durante a cúpula Rio+20, criamos uma “civilização que é contra os ciclos naturais, uma civilização que é contra a liberdade, que supõe ter tempo para viver, (…) é uma civilização contra o tempo livre, que não se paga, que não se compra e que é o que nos permite ter tempo para viver as relações humanas”, porque “só o amor, a amizade, a solidariedade, e família transcendem”. “Arrasamos as selvas e implantamos selvas de cimento. Enfrentamos o sedentarismo com esteiras, a insônia com remédios. E pensamos que somos felizes ao deixar o humano”.

Mujica defendeu a utilidade da produção de recursos no mundo: temos que “mobilizar as grandes economias não para produzir descartáveis com obsolescência programada, mas para criar coisas úteis para a população mundial. Muito melhor do que fazer guerras. Talvez nosso mundo necessite de menos organismos mundiais, destes que organizam fóruns e conferências. E que no melhor dos casos ninguém obedece”. “O que uns chamam de crise ecológica é consequência da ambição humana, este é nosso triunfo e nossa derrota”.

E defendeu que é através da ciência e não dos bancos que o planeta deve ser governado.

Paz e guerra

“A cada 2 minutos gastam-se 2 milhões de dólares em orçamentos militares. As investigações médicas correspondem à quinta parte dos investimentos militares”, criticou o presidente ao sustentar que ainda estamos na pré-história: “enquanto o homem recorrer à guerra quando fracassar a política, estaremos na pré-história”, defendeu o mandatário ao criticar a política da guerra.

Assim, criamos “este processo do qual não podemos sair e causa ódio, fanatismo, desconfiança, novas guerras; eu sei que é fácil poeticamente autocriticarmos. Mas seria possível se firmássemos acordos de política planetária que nos garanta a paz”. Ao invés disso, “bloqueiam os espaços da ONU, que foi criada com um sonho de paz para a humanidade”.

O uruguaio também abordou a debilidade da ONU, que “se burocratiza por falta de poder e autonomia, de reconhecimento e de uma democracia e de um mundo que corresponda à maioria do planeta”.

“Nosso pequeno país tem a maior quantidade de soldados em missões de paz e estamos onde queiram que estejamos, e somos pequenos”. Dizemos com conhecimento de causa, garantiu o mandatário, que “estes sonhos, estes desafios que estão no horizonte implicam lutar por uma agenda de acordos mundiais para governar nossa história e superar as ameaças à vida”. Para isso é “preciso entender que os indigentes do mundo não são da África, ou da América Latina e sim de toda humanidade que, globalizada, deve se empenhar no desenvolvimento para a vida”.

“Pensem que a vida humana é um milagre e nada vale mais que a vida. E que nosso dever biológico é acima de todas as coisas, impulsionar e multiplicar a vida e entendermos que a espécie somos nós” e concluiu: “a espécie deveria ter um governo para a humanidade que supere o individualismo e crie cabeças políticas”.